15 fev 2021

Período seco: preocupações e soluções

Quando visitamos as fazendas de leite, podemos nos deparar com a seguinte situação: as vacas em lactação são colocadas em um lugar confortável, com bom acesso aos alimentos e água, boa ventilação e suporte, enquanto as vacas secas possuem menor monitoramento e normalmente são soltas nos piquetes ou em outra estrutura menos planejada. E qual o grande problema disso? Podemos achar que talvez os riscos de infecção são menores e que a eficiência da terapia de secagem permanece a mesma durante todo o período. Na realidade, isto não acontece ou é muito variável. O período seco pode ser dividido fisiologicamente em três fases muito bem definidas: o período de involução ativa, o de involução completa e a colostrogênese. Cada fase possui uma particularidade e diferentes condições que contribuem para maior ou menor risco de novas infecções intramamárias.

A primeira fase, de involução ativa, é um choque para a vaca, que tem sua ordenha cessada, há mudanças na rotina diária dessa vaca e consequentemente uma maior pressão de leite na glândula mamária. Dependendo do nível produtivo, podemos encontrar situações como vazamento de leite que contribuem para a entrada de patógenos mesmo após a aplicação da terapia de secagem. Algumas pesquisas indicam que cerca de 50% dos quartos mamários permanecem abertos após a secagem e que cerca de 97% das infecções acontecem nesses quartos mamários abertos. Na involução completa já temos uma quantidade maior de lactoferrina, com ação antimicrobiana e ainda ação dos antibióticos. Na colostrogênese temos acúmulo do colostro (aumentando a pressão da glândula novamente), normalmente menor ação dos antibióticos aplicados na secagem e redução das células de defesa. Por isso, dizemos que durante o período seco a primeira e a última fase são as de maior risco de novas infecções intramamárias.

Por esses motivos, além do manejo adequado, da nutrição e da frequência de ordenha para nos auxiliar em uma boa secagem, devemos sempre escolher produtos de qualidade, objetivando curar qualquer infecção existente vinda da lactação, tanto as agudas quanto as crônicas, como também prevenir que novas infecções aconteçam durante o período seco, principalmente no início e no fim. Essas infecções que se originam no período seco vão aparecer nos primeiros 60 dias de lactação, normalmente com sinais clínicos visíveis (mastite clínica) de causa majoritariamente ambiental. Por esse fato, é importantíssima a junção do selante interno de tetos ao protocolo de secagem convencional. O selante simula a barreira física de queratina que em muitos casos não se forma, ou possui uma regeneração muito alta, favorecendo a entrada de patógenos. Com a utilização do selante, fazemos com que uma barreira física esteja presente durante todo o período seco, impedindo a entrada de microrganismos pelo canal do teto.

 

A dupla Ciprolac Vaca Seca e Sellat é uma das terapias de secagem da Ourofino Saúde Animal. O Ciprolac Vaca seca é um antimicrobiano da classe das quinolonas, com amplo espectro de ação, boa permeabilidade no tecido mamário e consegue atingir infecções agudas e crônicas causadas por diferentes patógenos, e sua ação permanece por 59 dias. Embora a taxa de cura na secagem seja dependente do tipo de agente, da idade da vaca, e da saúde da glândula durante a lactação (CCS), podemos observar alta taxa de cura, em torno de 91%. O Sellat é o selante interno, que juntamente com o Ciprolac VS diminuiem em 27% a chance de novas infecções durante o período seco (em comparação com protocolo estabelecido no mercado), como também proporcionam menor riso de mastite clínica nos primeiros 60 dias de lactação. Mais cura, mais prevenção e melhor produtividade com segurança e assertividade.

Bruna Gomes

Departamento Técnico Ourofino Saúde Animal

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