Por que estimular a digestão de fibras no ruminante?

A digestão de ruminantes envolve vários processos complexos, da boca ao intestino. A forma com a qual a dieta é elaborada e equilibrada, estimula o crescimento de microrganismos ruminais, aumenta a digestibilidade dos nutrientes e consequentemente o aproveitamento deles pelo animal.

A otimização de processo ou rota metabólica através de moduladores, enzimas e ionóforos, tem sido realizada com o objetivo de reduzir gás metano. Cada vez mais, aumenta a importância para aumentar a produtividade com a maximização da digestão do ruminante.

O uso de tecnologias enzimáticas para promover o melhor aproveitamento dos nutrientes em ruminantes vem sendo estudada desde 1960, porém, a dificuldade em se manter os padrões de resultados e os custos para se produzir as enzimas, inviabilizaram a implantação da tecnologia.

Nos últimos anos, a evolução da tecnologia permitiu melhor produção de enzimas, com consequentes menores custos de produção. A utilização de enzimas na alimentação animal melhora a disponibilidade de nutrientes bloqueados por componentes da parede celular, como amido, proteína e outros.

Vários estudos examinaram a eficácia do uso de enzimas fibrolíticas exógenas (EFE) para melhorar o desempenho do ruminante, no entanto, ainda com alguns resultados distintos, dado principalmente pela forma de administração e condições de teste. Esta inconsistência de resultados pode ser atribuída, principalmente, pelas diferenças de atividade e características das enzimas suplementadas, bem como das propriedades físicas e químicas dos substratos, visto que as enzimas apresentam especificidade de atuação ao substrato. As EFE agem na parede celular como enzimas ruminais endógenas.

Consequentemente, os efeitos das EFE parecem maior quando a capacidade endógena do rúmen para a digestão da fibra é diminuída. Esse fato é muito comum em vacas leiteiras no início da lactação, que na grande maioria dos casos estão em balanço energético negativo e queda do consumo.

Nos últimos anos, têm se intensificado o uso de dietas mais densas de energia (maior quantidade de grãos), seja para vacas leiteiras, seja para bovinos em terminação, objetivando aumento na produção de leite e melhores características de carcaça.

Diante disso, o uso de enzimas celulolíticas pode ser muito importante para otimizar essa digestibilidade. Um estudo objetivou avaliar a eficácia de um complexo enzimático (Potenzya Grano^®) sobre o desempenho, digestibilidade, comportamento e características de carcaça de novilhos terminados com dieta de alta densidade energética. Os resultados foram positivos para aumento da conversão alimentar, ganho médio de peso diário, rendimento de carcaça e comportamento alimentar.

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