Febre maculosa: responsabilidade de todos

Quem é produtor sabe que um dos maiores vilões do campo sem dúvida são os carrapatos. Esses pequenos parasitas são responsáveis por prejuízos indiretos, como o aumento do nível de estresse causado nos animais que os levam: coceira excessiva, feridas na pele, redução do pastejo/consumo de ração, emagrecimento e baixo desenvolvimento.

A situação se torna ainda pior pois os carrapatos transmitem doenças para os animais e seres humanos. Nos animais, doenças como anaplasmose, anemia, amarelão ou boca branca, nutaliose também conhecido como piroplasmose ou babesiose. E para nós humanos pode ser responsável pela transmissão de doenças como a febre maculosa.

Segundo o Ministério da Saúde (2021), de 2007 a 2021, foram notificados 36.497 casos de febre maculosa no Brasil, dos quais 7% foram confirmados, em uma média de 170 casos por ano nesse período. Apesar da febre maculosa ser considerada rara, no mês de junho de 2023 a morte de três pessoas no estado de São Paulo chamou atenção para os riscos da doença. Então vamos entender um pouco sobre o assunto para tomar medidas e cuidados necessários com nossa tropa, cães e bovinos para evitar essa ameaça. 

A febre maculosa é transmitida durante a picada do carrapato infectado com a bactéria do gênero Rickettsia. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa. Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste. E a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.

No nosso país os principais vetores (ser vivo capaz de transmitir um agente infectante) são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. cajennense, conhecido popularmente no campo como carrapato estrela.

O carrapato estrela pode parasitar animais selvagens, como capivaras (principal reservatório natural), e animais domésticos, como cães, bovinos e cavalos. Os meses de junho a novembro, ou seja, o meio do inverno até a primavera, são considerados os meses de maior relevância para a transmissão R.rickettsii aos seres humanos, e nesse período é preciso investir em prevenção.

Sabendo dos riscos e gravidade dessa zoonose não deixe de consultar um médico veterinário para estabelecer um calendário sanitário com estratégias para o controle das infestações de carrapato na sua tropa e nos demais animais da propriedade como cães e bovinos, assim garantimos saúde e segurança.

Em caso de exposição humana a picada do carrapato é importante se atentar aos sintomas clínicos (podendo aparecer entre o 2º e o 14º dia de exposição) e procurar imediatamente por atendimento médico.

Em bovinos, a Ourofino Saúde Animal conta com soluções para controle estratégico de baixo, médio ou alto grau de infestação de carrapato:

1. Baixa Infestação

• Baixa quantidade de formas jovens
• Ausência ou quantidade insignificante de formas adultas (teleóginas)

2. Média Infestação

• Média quantidade de formas jovens
• Poucas formas adultas (teleóginas)

3. Alta Infestação

• Grande quantidade de formas jovens
• Grande quantidade de formas adultas (teleóginas)

Quer saber dicas sobre calendário sanitário com estratégias para o controle das infestações de carrapato? Conheça o iUse Help, o serviço de teleorientação veterinária gratuita da Ourofino para bovinos.

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