13 abr 2021

Estresse térmico trazem prejuízos para as fazendas leiteiras

O estresse térmico é a condição onde a vaca passa por adaptações fisiológicas e comportamentais quando expostas às mudanças climáticas, podendo resultar em prejuízos econômicos para as fazendas. Compreender melhor sobre esse problema é fundamental para traçar ações de melhorias.

As vacas leiteiras produzem calor devido ao seu metabolismo basal como: fermentação ruminal, produção de leite e gestação. Entretanto, essa dissipação de calor pode ser menos eficaz quando a temperatura ambiente (AT) e a umidade relativa (UR) são maiores, o que pode fazer com que o animal entre em estado de estresse por calor.

 

CONFORTO TÉRMICO

Zona de conforto térmico é a faixa de temperatura onde o animal fica confortável, portanto não ocorre ativação do sistema termorregulador. Em ambientes com temperatura acima dessa faixa haverá ativação dos mecanismos de dissipação de calor.

Como podemos observar na tabela, os animais de raças zebuínas são mais resistentes ao calor do que os taurinos, isso ocorre devido a sua adaptação a regiões tropicais, maior superfície corporal e melhor capacidade de sudação.

 

COMO SABER SE MEU ANIMAL ESTÁ EM ESTRESE TÉRMICO?

- Frequência Respiratória (FR) > 10 a 30 movimentos/minuto

- Temperatura Retal (TR) > 38,5ºC.

- Índice de temperatura e umidade (ITU)

- Estresse térmico baixo (72% a 78%)

- Estresse térmico moderado (79% a 88%)

- Estresse térmico alto (89% a 98%).

 

PREJUÍZOS ASSOCIADOS

LEITE

- Ocorre queda na ingestão de matéria seca;

- Redução na produção leiteira;

- Alteração na composição do leite (diminuição da qualidade);

 

COMPORTAMENTAL

- Diminuição do tempo de descanso de vacas leiteiras, pois nas horas mais quentes do dia, elas preferem ficar em pé (sem o repouso elas não direcionam energia para produção de leite).

 

REPRODUTIVO

- Redução na duração do estro, comprometendo a eficiência da detecção de cio;

- Redução na taxa de serviço;

- Efeito negativo sobre a qualidade oocitária, reduz taxas de fecundação, viabilidade e desenvolvimento embrionário;

- Queda na taxa de prenhez.

 

Estratégias para auxiliar na redução dos prejuízos do estresse térmico

- Bem-estar e Produção:

  • Aumentar a área sombreada com sombra natural ou artificial e número de bebedouros.
  • Sistema de aspersão associado à ventilação para gerar um resfriamento eficaz.
  • Investir em sistemas de maior tecnificação que tragam conforto térmico para os animais (cross-ventilation).

- Eficiência Reprodutiva: Administrar Singrogest Injetável 4 dias após IATF para incrementar a taxa de prenhez de vacas em estresse térmico.

 

Devido às características climáticas do Brasil sabemos que as vacas em lactação ficam constantemente sob o efeito de estresse térmico, e pensando em garantir melhores condições reprodutivas para nossos produtores, a Ourofino preparou um protocolo exclusivo desenhado especialmente para fêmeas de leite em desafio:

 

Mariana Fuloni e Bruna Guerreiro

Departamento Técnico Ourofino Saúde Animal

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