27 mai 2019
Estratégias para o manejo sanitário em confinamento
Resumo do artigo
O manejo sanitário dos animais na entrada do confinamento e a ronda sanitária são ações fundamentais para redução dos riscos de mortes e aumento da produtividade.
Todo confinamento procura a máxima eficiência financeira, sanitária e nutricional no menor tempo estático possível até a data do abate. Reduzir desperdícios e custos desnecessários, diminuir o número de manejos e movimentação dos animais são fundamentais na gestão de riscos. Manter a equipe capacitada através de treinamentos e reciclagens periódicas contribui para obtenção dos melhores resultados sanitários e operacionais. Gerenciar os apontamentos sanitários da entrada dos animais até o abate (incluindo o monitoramento dos índices de cisticercose) auxilia nas estratégias de controle das enfermidades garantindo maior eficácia, segurança clínica e alimentar para a carne produzida na ponta da cadeia (“sem resíduos”), sendo estes os principais ideais técnicos de um confinamento moderno ou pecuária de precisão.
Alguns fatores são decisivos na hora de definir o manejo sanitário de um confinamento. A composição dos lotes de animais que serão confinados podem ter três origens básicas:
- Animais crioulos (criados na própria fazenda onde serão confinados): condições sanitárias e nutricionais conhecidas. Não necessita de reforço da vacina contra clostridioses;
- Animais comprados na desmama para recria a pasto e posteriormente confinamento próprio: condições sanitárias e nutricionais desconhecidas, mas possíveis de serem padronizadas em 60 dias. Não necessita de reforço da vacina contra clostridioses
- Animais de compras (compondo múltiplas origens): condições sanitárias e nutricionais desconhecidas que precisam ser padronizadas rapidamente e serão desafiadas dentro do confinamento. Há necessidade de reforço da vacina contra clostridioses (30 dias após a primeira dose).
De acordo com a origem dos animais, cada sistema acima passou por diferentes condições de: desafio sanitário, manejos (operacionais, nutricionais, sanitários e manejo) sendo que o grande entrave é a padronização na entrada do confinamento. Na entrada dos animais há uma oportunidade de equalizar o gado, mas muitas vezes essa prática não será suficiente, surgindo nas três primeiras semanas de confinamento as primeiras evidências de diferenças:
- Animais sadios x machucados ou doentes
- Animais livres de parasitas internos x animais parasitados
- Animais livres de parasitas externos x animais com carrapatos
- Animais adaptados se alimentando x animais não adaptados refugando o cocho
- Animais livres de cisticercose x animais com cisticercose oculta
- Animais com enfermidades: pneumonias, pododermatites, clostridioses, polioencefalomalácia e desordens digestivas ou metabólicas (acidose, timpanismo etc.).
Para entender melhor as estratégias sanitárias, este artigo aborda diferentes protocolos de entrada e os principais desafios durante o período estático dos animais até o abate, conforme o diagrama abaixo.
Protocolos de entrada:
Obs: Lotes de animais sem histórico de vacinações ou com histórico de vacinação duvidoso necessitam de reforço vacinal contra clostridioses e devem receber um reforço vacinal com Ourovac Poli BT, 30 dias após a primeira dose no manejo de entrada.
Em alguns confinamentos, é possível observar altas infestações de carrapatos nos animais no dia do manejo de chegada, nestes casos é importante a aplicação do Colosso Pour On. Animais parasitados podem desenvolver anemia ou tristeza parasitária e virem a óbito em 3 dias, além do atraso no ganho de peso que pode ser superior a 4kg.
A ronda sanitária é maneira mais segura e economicamente viável para detecção de animais não adaptados e doentes. Através dela é possível monitorar os lotes diariamente e identificar animais doentes (pneumonias, pododermatites, clostridioses, polioencefalomalacia etc) ou sodomizados rapidamente e assim decidir sobre o tratamento e manejos adequados enquanto o animal tem condições de se recuperar, se alimentar e voltar a ganhar peso.
O tratamento da Doença Respiratória Bovina – DRB (Pneumonia) deve ser realizado com Resolutor, um potente antibiótico com alta eficácia, sendo capaz de curar a infecção com dose única. Animais tratados com Resolutor ficam livres da infecção e voltam a se alimentar rapidamente, ganhando mais peso. O tratamento da DRB pode associar o Resolutor ao Maxicam 2% injetável garantindo ainda maior bem-estar ao animal tratado, livre de dor e inflamação.
Atualmente os custos sanitários representam aproximadamente 0,83% do custo total, sendo a taxa de animais que adoecem num confinamento é estimada em 5% e a mortalidade média na ordem de 0,5%. A taxa de mortalidade em um confinamento que realiza ronda sanitária periódica é de 0,1% (redução de 80%), aproximadamente. O custo sanitário é mais baixo para um confinamento de 1.000 bois no sistema tradicional, sem ronda sanitária, sem capacitação da equipe e com baixa adoção de tecnologia, mas reflete em maior taxa de mortalidade dos animais, atraso no ganho de peso e baixo desempenho dos animais, conforme a tabela abaixo:
Ingo Mello e Lucas Marques
Gerente Técnico Saúde Animal e Analista Técnico Saúde Animal
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Comentários
Thais Cristina Azevedo dos Santos
Terça-feira, 01 de Junho de 2021
quero receber todas a novidades e as informações sobre saúde animal
Ourofino Saúde Animal
Quarta-feira, 02 de Junho de 2021
Olá Thais,
Obrigada pelo seu contato.
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