29 abr 2019
Edema de Úbere: um problema recorrente
Resumo do artigo
A produção de leite a cada dia apresenta um novo desafio. Alguns problemas se tornam mais presentes, afetando diretamente a produtividade das vacas. Nesse quesito, o edema de úbere ocupa lugar de destaque.
O edema é decorrente de alguns fatores específicos dos períodos de pré e pós-parto, fases que há necessidade evidente de adaptação em diversos sistemas orgânicos do animal.
Sempre que tomamos o cuidado de observar atentamente os animais no período pré-parto, por exemplo, é comum ver a ocorrência do edema, mesmo lidando hoje em dia com animais de alta produtividade e boa qualidade genética. O problema é mais evidente ainda em novilhas, já que a glândula mamária desta categoria encontrava-se com baixa atividade, pois o aporte sanguíneo era exclusivamente para a manutenção da estrutura. Porém, em um curto espaço de tempo, o fluxo terá a necessidade de produção do colostro e posteriormente do leite. Com isso, vemos o desenvolvimento dos alvéolos, em que fica evidente a transformação e o aumento gradativo do volume do órgão devido ao início da produção.
É possível observar o aumento da massa e do fluxo sanguíneo, sendo que o primeiro dobra e o segundo quase é multiplicado em 5 vezes. O fato se estabiliza aproximadamente 15 dias pós-parto, retornando assim a uma normalidade.
Tendo em vista que novilhas irão finalizar efetivamente o desenvolvimento da glândula em momento anterior ao parto, fica muito claro que é esta categoria a mais afetada pelo problema, já que sua glândula mamária irá iniciar pela primeira vez a produção. Vale ressaltar ainda que a veia mamária é praticamente a única via de retorno do fluxo sanguíneo ao organismo, sendo assim, a capacidade anatômica da estrutura é visivelmente menor quando comparada a vacas com várias lactações na vida. Portanto, o aumento do fluxo provavelmente irá aumentar a pressão sobre a estrutura promovendo o extravasamento de parte do seu conteúdo para áreas adjacentes, o conteúdo extravasado obrigatoriamente é a parte líquida do que compõe o sangue.
Concluído o diagnóstico do problema como edema de úbere, o uso do Maxicam 2% é importante porque em casos de inflamação em tecidos, a sua molécula é a mais indicada para resolver esse tipo de desafio. Um dos motivos dessa indicação se deve principalmente a seletividade do ativo em tecidos acometidos, sendo assim, a aplicação em quadros inflamatórios sem a presença de foco infeccioso é altamente recomendada. Outra razão para sua utilização é a segurança, pois o Maxicam 2% é um anti-inflamatório potente sem efeitos secundários indesejáveis como, por exemplo, a imunossupressão ou lesões gástricas, que são consequências muito comuns na grande maioria das classes anti-inflamatórias.
Marcelo Arne Feckinghaus e Janielen da Silva
Departamento Técnico Ourofino
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