08 mai 2023
Como melhorar a tomada de decisão no controle da mastite?
Que a mastite é uma doença muito impactante na pecuária leiteira todos nos sabemos. Porém, a forma com a qual conseguimos realizar a integração do controle, diagnostico e tratamento é que vai ditar o sucesso ou o insucesso da diminuição da incidência da doença e posteriormente da qualidade do leite.
Sabemos que o controle deve ser contínuo, de forma a permitir o monitoramento constante de todos os possíveis focos de infecção, como o ambiente e a ordenha.
Atualmente a cultura microbiológica, seja ela convencional feita pelo laboratório ou a cultura na fazenda, realizada pela própria fazenda, é uma grande aliada do controle da mastite. Na grande maioria das vezes são técnicas baratas e simples de executar, mas ainda exigem o treinamento de cada responsável da análise. Alguns agentes causadores, como por exemplo Mycoplasma spp., exigem meios e condições específicas de crescimento. Por isso os registros, históricos e informações dos casos clínicos são muito importantes para rastrearmos a origem da mastite e a possível causa de transmissão.
Podemos então, coletar o leite de diferentes fontes, de acordo com o que queremos monitorar:
1) Coleta de leite de tanque: Nos fornece uma foto geral da mastite no rebanho. CCS acima de 250.000 cels/mL podem indicar um risco maior de mastite contagiosa no rebanho, enquanto CCS abaixo de 200.00 cels/mL temos provavelmente riscos maiores de mastite ambiental. A cultura do leite de tanque é vantajosa para diagnostico das principais bactérias presentes no rebanho, principalmente aquelas relacionadas à mastite contagiosa (S. aureus, S. agalactiae e Mycoplasma spp.)
2) Coleta composta dos 4 quartos mamários/ animal: Esse tipo de coleta é viável para um diagnostico macro de cada animal da propriedade, com uma parte de leite coletada de cada quarto mamário. Como podemos ter alguns animais negativos, o nosso rastreio por quarto mamário posteriormente acaba sendo um pouco mais assertivo. Nos auxilia no diagnostico de infecções subclínicas, porém com menor sensibilidade devido à diluição do número de bactérias em quartos não infectados.
3) Coleta individual de quartos mamários: É a forma mais especifica para o monitoramento da mastite, já que saberemos ao certo qual o desafio de cada animal e a tomada de decisão fica mais simples de ser tomada.
4) CCS individual de vaca: É importante que a cultura microbiológica seja acompanhada da análise de CCS individual por animal com certa rotina, de preferência realizada mensalmente na fazenda. Dessa forma, conseguimos ditar a dinâmica de infecção do rebanho, saber novos casos de infecção, vacas curadas e vacas sadias. Aqui, vamos conseguir diagnosticar possíveis focos de infecção no rebanho.
Dentro da tríade de tratamentos (animal, protocolo e ambiente), temos que definir probabilidades de cura de acordo com os agentes causadores, determinar infeções crônicas e claro, a terapia de suporte para cada quadro clínico. Independente da utilização de antibióticos, precoce ou tardia, um anti-inflamatório eficaz não pode ficar de fora do protocolo de tratamento, já que comprovadamente aumenta a taxa de resposta do protocolo em até 30%.
A Ourofino Saúde Animal possui o Maxicam 2%, um meloxicam injetável superseguro clinicamente que irá auxiliar no bem-estar da vaca de leite, diminuir a dor e inchaço do úbere e contribuir com a cura clínica dos animais.
Independente do protocolo escolhido, duração e métodos de diagnósticos utilizados, tenha sempre Maxicam 2% como primeira escolha para o melhor resultado.
Bruna Gomes Alves
Especialista Técnica em Saúde Animal da Ourofino Saúde Animal
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