01 abr 2020

Impactos da infecção geniturinária na suinocultura

A infecção urinária é uma doença de rebanho com origem multifatorial e, geralmente, apresenta curso crônico. Estima-se que a identificação de uma matriz com infecção urinária significa que, pelo menos, de duas a quatro também apresentam a doença. O número de matrizes doentes em um rebanho está diretamente relacionado ao conjunto de fatores de risco presentes na granja. São eles:

  • Estrutura anatômica do aparelho urinário
  • Posição da vulva em relação à fonte de infecção
  • Qualidade e higiene das instalações
  • Doenças do aparelho locomotor
  • Qualidade e quantidade da água ingerida
  • Composição de ração e manejo do arraçoamento
  • Manejo durante a gestação
  • Estado fisiológico da fêmea

A importância econômica da infecção urinária está associada a outros problemas, principalmente reprodutivos, como infertilidade e problemas com prolificidade, que habitualmente surgem, junto ou posteriormente, à manifestação clínica da infecção urinária.

Dentre os microrganismos envolvidos com maior frequência nas infecções urinárias, estão a Escherichia coli, Actinobacilum suis, Streptococcus sp, Staphylococcus, Klebsiella sp e Actinomyces suis.

A Escherichia coli é o principal microrganismo, sendo que esta possui fímbrias ou pili que são apêndices filamentosos menores e mais curtos que os flagelos e se fixa na parede do trato urinário para não ser arrastada pela urina.

Os sinais clínicos são:

  • Descarga vulvar (mucoide, muco hemorrágica ou purulenta), geralmente observada no final da micção
  • Presença de descarga vulvar, ressecada nos lábios vulvares, cauda ou região adjacente
  • Alterações físicas, químicas e bacteriológicas da urina
  • Em casos superagudos pode ocorrer morte súbita devido à hemorragia na bexiga

Antes de elaborar um programa de controle, prevenção e tratamento deve ser realizado um exame detalhado das condições de manejo e do ambiente da granja, bem como avaliar os fatores de risco. Se necessário, pode-se realizar a coleta de material para análise laboratorial.

Para o tratamento, o Resolutor é o antimicrobiano a base de marbofloxacina a 20%, ideal para esses casos de infecção geniturinária, já que a excreção é por via renal. A marbofloxacina possui amplo espectro de ação e uso exclusivo na Medicina Veterinária, tem indicação também para infecções entéricas, respiratórias e encefalite.

Além de o antimicrobiano, é indicada a associação de um anti-inflamatório, já que em casos de cistite o desconforto durante a micção é comum, além da modulação da resposta inflamatória. Para este caso, o Maxicam 2%, à base de meloxicam, é a opção ideal por ser um anti-inflamatório não esteroidal e seletivo a COX2, com mínimos efeitos colaterais e ação anti-inflamatória potente e duradoura.

Gisele Ravagnani e Andrea Panzardi

Departamento Técnico Ourofino Saúde Animal

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Comentários

Márcio Garcês Carvalho

Quarta-feira, 10 de Junho de 2020

Gostaria muito de poder trabalhar com o vosso produto já tinha ouvido falar aguardo pela vossa resposta obrigado

Ourofino Saúde Animal

Segunda-feira, 15 de Junho de 2020

Olá Marcio,

Obrigada pelo seu contato e interesse em nossos produtos. Nossos produtos são comercializados apenas no Brasil.

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