Estratégias para conservação dos valores nutricionais da Silagem

O processo de conservação do alimento seco, por meio da técnica de ensilagem, é uma das alternativas para preservar a qualidade nutricional com o mínimo de perdas e suprir a escassez de forragem nos períodos de seca. Para que a massa forrageira sofra fermentação adequada e conserve seus nutrientes, é necessária a ação das bactérias acidoláticas.

O ácido lático produzido por elas abaixa o pH e inibe o crescimento de microrganismos indesejáveis, diminuindo as perdas de matéria seca, aumentando a palatabilidade e, em consequência, o consumo de alimentos, além de minimizar o risco de doenças.

Os aditivos ou inoculantes são utilizados no processo de ensilagem e possuem o papel de reduzir as perdas de matéria seca, conservar os nutrientes, restringir a fermentação secundária por bactérias indesejáveis e melhorar a estabilidade aeróbia após a abertura do silo.

Existem basicamente dois tipos de aditivos microbianos, os que possuem bactérias produtoras de ácido lático (homofermentativos) e os produtores de acido lático e ácido acético (heterofermentativos). A indicação deve ser feita com base na espécie de forragem, teor de matéria seca e umidade da planta no momento da colheita.

Para as espécies forrageiras com baixo teor de matéria seca (< 35% MS), ou seja, forragens úmidas e com maior risco de contaminação por clostrídios, a solução da Ourofino Silosolve MC é a mais indicada.

O produto é composto por três cepas de bactérias homofermentativas (Lactobacillus plantarum, Enterococcus faecium e Lactococcus lactis), que atuam em sinergismo e sintonia, aumentando a produção de ácido lático, acidificando a silagem e inibindo o crescimento dos clostrídios. Possui a cepa de Lactococcus lactis, capaz de produzir uma bacteriocina que mata diretamente as bactérias do gênero Clostridium.

Para forragens com maior quantidade de matéria seca (>35% MS), que possuem menor umidade, é necessário um maior controle sobre o crescimento de fungos e leveduras. Nesse cenário, são recomendadas as bactérias heterofermentativas presentes no Silosolve AS.

Composto por três cepas, Lactobacillus plantarum, Enterococcus faecium e Lactobacillus buchneri, sendo as duas primeiras responsáveis pela produção de ácido lático, ele contribui para os processos de fermentação e conservação dos nutrientes da silagem. Já o Lactobacillus buchneri, promove o controle de fungos e leveduras por meio da produção de ácido acético. Assim, é responsável por estabilizar o alimento fermentado em situação aeróbia após sua abertura.

Uma das grandes falhas operacionais no armazenamento da silagem é a ausência de uma proteção completa e adequada para vedar a entrada de oxigênio no silo recém-formado, fundamental para prevenir as grandes perdas que podem ocorrer nas suas camadas laterais e superiores.

O material selecionado para a vedação do silo em si é outro gargalo do processo, uma vez que as lonas de polietileno tradicionais não são suficientes para evitar a entrada de oxigênio. Em contrapartida, o SilageSeal, também da Ourofino, é composto de poliamida, uma barreira que impede a entrada de oxigênio, evitando o crescimento de fungos e leveduras, melhorando o processo fermentativo e reduzindo as perdas de matéria seca.

A solução ainda ajuda a evitar o desperdício gerado pelo descarte da silagem deteriorada e preserva os valores nutricionais da silagem. Outra vantagem é o ganho na digestibilidade dos alimentos, na eficiência biológica da dieta e nos índices produtivos.