Eimeriose em ruminantes: quem previne não fica no escuro

Cada vez mais a pecuária brasileira necessita se especializar para se tornar competitiva, de modo a suprir um mercado cada vez mais exigente. As ferramentas para promover esse aumento e especialização da produção consistem em melhoras na nutrição, no manejo e na sanidade dos animais.

A coccidiose ou eimeriose é uma doença gastrointestinal que atinge bezerros nos primeiros meses de vida e também é conhecida como “diarreia negra” ou “diarreia de sangue”. Ela é causada por um protozoário do gênero Eimeria sp, é distribuída em todo o território nacional e encontrada no pasto, no solo e, principalmente, nas fontes de água, que representam a maior fonte de infecção.

Prejuízos

Os principais prejuízos associados a essa doença ocorrem devido ao ciclo do parasita. O ciclo ocorre nas células intestinais, rompendo-as. O rompimento de células intestinais causa a chamada síndrome da má absorção, onde as lesões impossibilitam a correta absorção dos nutrientes, proporcionando um ambiente em que ocorre a fermentação dos nutrientes não absorvidos, resultando em diarreia com sangue ou não.

Incidência

Os animais a partir dos 40 dias de idade são mais acometidos, entretanto a ocorrência da doença pode ser antes ou depois, dependendo do nível de desafio encontrado na fazenda. Os principais sinais clínicos desta doença são diarreia escura ou com sangue vivo, com muco e que se aderem ao períneo e cauda do animal, anorexia, perda de peso, retardo no crescimento e diminuição no consumo de alimentos.

Porém, os quadros clínicos ocorrem em apenas 5% dos casos. Os demais acabam sofrendo as consequências e prejuízos da doença, mas de forma silenciosa. É comum encontrarmos dentro de um lote apenas alguns animais com o períneo com fezes aderidas, indicando que a doença acomete a fazenda, mas na maioria de forma subclínica.

Foto: Exemplo de animal com diarreia característica de eimeriose: escura e que se adere ao períneo e cauda dos animais.

Portanto, a eimeriose é considerada uma doença de rebanho e a profilaxia com Isocox deve ser realizada para diminuir as perdas produtivas e também diminuir os índices de diarreia, garantindo uma maior saúde intestinal para os animais.

Profilaxia

O protocolo de profilaxia no leite irá variar de acordo com o desafio encontrado na fazenda. Fazenda onde os animais são mantidos em baias individuais e com água de boa qualidade tendem a apresentar a doença no momento que são manejadas para o piquete coletivo. Já as fazendas em que o desafio se apresente nos primeiros dias de vida, como bezerreiros coletivos ou onde os animais tenham contato com outros ou que a água não é de boa qualidade, devem realizar o tratamento profilático em dose única entre os 7 e 14 dias de vida.

No corte, a profilaxia é realizada pela da administração de Isocox Ruminantes na dosagem de 10ml/ 30kg nas primeiras semanas de vida dos bezerros, podendo ser incorporado ao protocolo de nascimento.

Tratamento

Em animais que apresentem eimeriose clínica, o tratamento também pode ser realizado com Isocox, na dosagem de 10ml/ 30kg por via oral.

Isocox Ruminantes no protocolo de nascimento

Um estudo foi realizado no estado do Mato Grosso do Sul para avaliar a incidência de diarreia após a aplicação de Isocox Ruminantes junto ao protocolo de nascimento dos bezerros.

Incidência de diarreia

Incidência por tipo de diarreia

A inclusão do Isocox Ruminantes no protocolo de nascimento reduziu significativamente a incidência de diarreia nos animais tratados, além de eliminar a presença da diarreia negra, principal sinal clínico da eimeriose.

Estes resultados indicam que o tratamento profilático com Isocox Ruminantes foi capaz de prevenir lesões intestinais causadas pela eimeriose, possibilitando maior saúde intestinal, aproveitamento dos nutrientes e, consequentemente, maior ganho de peso.

O Isocox pode ser utilizado para o tratamento e para a profilaxia, sempre em dosagem de 10ml/30kg, administrado por via oral.