Secagem: antibióticos sistêmicos são de grande importância

A secagem dos animais tem se mostrado uma ferramenta muito importante para a prevenção e a solução de um importante problema nas propriedades de leite, a mastite. Quando lidamos com leite, devemos sempre ter em mente que a principal enfermidade relacionada a este tipo de atividade será sempre ela. A procura por uma solução sempre será o objetivo maior da propriedade no quesito sanidade, afinal este problema afeta diretamente o ganho da propriedade. Sempre que pensamos em sanidade, devemos ter em mente que a prevenção é muito mais vantajosa do que o tratamento da enfermidade.

A prevenção da mastite passa obrigatoriamente pelo período seco, feito de maneira muito criteriosa. Muitas vezes a simples utilização de bisnaga para vacas secas não garante uma cobertura eficiente. Para uma garantia maior devemos utilizar o selante, que tem por função o bloqueio mecânico do canal do teto, impedindo assim as novas infecções.

Outro ponto muitas vezes questionado é a utilização de antibióticos injetáveis neste período, visando melhorar a eficácia do protocolo. Neste quesito, devemos lembrar de certas premissas que nos permitirão um maior sucesso, a primeira, e talvez, a mais importante, é a dependência da excreção do leite para penetração de qualquer antibiótico sistêmico na glândula mamária, portanto o uso de tais produtos deve ser realizado no momento da secagem ou no máximo na primeira semana do período seco, pois neste momento o animal ainda apresenta uma produção de leite significativa tornando mais efetiva a penetração do produto. O segundo ponto a ser observado é o fato da necessidade de bases que possuam alto poder de penetração na glândula com um período de efetividade prolongado, para tanto o uso das peninicilinas conjugadas, tal como o Penfort PPU, se mostra muito válido, pois neste período a questão do resíduo em leite é de pouca ou nenhuma importância.

Foto: IStock