Artigos - Saúde dos cavalos: como cuidar dos animais?

13 dez 2022

Saúde dos cavalos: como cuidar dos animais?

Não importa a idade do equino/muar, as verminoses afetam estes animais provocando infecção e doença parasitária com vários sinais clínicos como:

  1. Diarreia, esterco amolecido sem formar síbalas;
  2. Perda de peso;
  3. Gastrite/Cólica;
  4. Fraqueza, cansaço, anemia;
  5. Emagrecimento e desnutrição mesmo com boa dieta;
  6. Pelagem áspera, grosseira, sem brilho;
  7. Crescimento lento ou atraso no desenvolvimento (refugos);
  8. Distensão abdominal (barrigudo);
  9. Dermatites na barriga e pernas;
  10. Feridas de verão em diversas partes do corpo;
  11. Coceira, queda de pelo e feridas na região perianal;
  12. Tosse/Pneumonia;
  13. Morte nos casos mais graves.

Várias espécies de vermes podem parasitar os equinos, alguns helmintos são mais frequentes nos animais e são de maior importância, sendo que, os tipos de manejos dos equídeos podem favorecer a grande incidência de infecções parasitárias já nas primeiras semanas de vida. Os parasitas de maior destaque dos equinos são:

  • Pequenos estrôngilos ou cyathostominos:Cyathostomum spp, Triodontophorus spp, Cylico stephanus spp;
  • Grandes estrôngilos: Strongylus vulgaris, S. equinus, S. edentatus e, ainda, Parascaris equorum, Oxyuris equi, Strongyloides westeri, Trichostrongylus axei, Gasterophilus spp, Habronema spp, Dictyocaulusarnfield, Anoplocephala spp.

De modo geral, os equinos criados em condições precárias, com falhas nutricionais e sem vermifugação estratégica podem sofrer de cólicas e até mesmo tromboembolismo e morte. No estômago alguns parasitas podem provocar lesões e, em alguns casos, de forma errática sua larva por moscas podem se alojar na pele dos animais provocando feridas conhecidas como ferida de verão.

No intestino delgado as verminoses mais importantes são o Strongyloideswesteri, Parascarisequorum, Anoplocephalaspp que podem provocar lesões, enquanto no intestino grosso, os grandes estrôngilos migratórios como Strongylusvulgaris e S.equinus e S. edentatus, Anoplocephalaperfoliata — válvula íleo cecal provocando cólica, Oxyurisequi, os grandes estrôngilos não migratórios e os ciatostomínios prejudicam a saúde intestinal, crescimento e desempenho dos animais.

No reto dos equinos um parasita que está ganhando maior importância é o Oxyurisequi devido à migração das fêmeas para região anal onde ovipõem e a massa de ovos que se forma promovem irritação e coceira perianal, os animais se machucam coçando, a cauda fica toda bagunçada e a intensa coceira pode reduzir os pelos na região posterior e muitas vezes os animais se esfolam e quebram porteiras e as instalações.

As larvas também migram pelos órgãos com S. edentatus e Parascarisequorum, principalmente no fígado, enquanto as larvas do S. vulgaris podem migrar pelas artérias mensentérias. O Strongyloideswesteri no animal com poucos dias de vida podem ser adquiridos através do leite ou pela penetração ativa através da pele, mas geralmente os potros desenvolvem imunidade ao redor dos 7 meses, mas até lá provocam dermatite em potros devido à penetração nas pernas (dermatite digital) ou pela pele da barriga quando os potros se deitam para descansar, podem provocar bronquite, tosse e corrimento nasal.

A presença de abundante de Parascarisequorum decorrente da falta de vermifugação e manejo precário podem provocar obstrução no ID, ruptura e morte de animais. Causam lesões e Síndrome da má absorção, animal barrigudo. Ovos colam no teto da égua e na pele dos animais com estratégia de disseminação, ovos resistentes até 10 anos no ambiente. Podem aparecer grandes vermes nas fezes após o tratamento e os animais, nas infecções mais massivas, acabam eliminando eventualmente algum verme. O Strongylusvulgaris pode causar aneurisma na mesentérica e trombo e cólica. Ciatostomínios são os mais importantes devido à maior prevalência (50 espécies). Todos os equinos adultos têm ciatostomínios em maior ou menor grau.

Para acompanhar a verminose na propriedade e definir os melhores momentos para vermifugação, a equipe de campo da Ourofino realiza exames de fezes (OPG) através do programa Examina Controla Parasitas Internos.

Para o controle das verminoses recomendamos tratamentos conforme o Controle Estratégico, Tático e na entrada de novos animais da propriedade. Potros devem ser vermifugados a partir de 30 dias e a cada 3 meses até completar um ano. A tropa da fazenda, equinos e muares destinados ao trabalho de rotina, assim como os equinos destinados ao lazer, esportes e cavalgadas, merecem atenção apropriada quanto ao manejo nutricional e sanitário. O bem-estar desses animais é diretamente afetado pelo manejo em geral e pelas condições de criação.

Para facilitar o manejo sanitário dos equinos é importante estabelecer um calendário sanitário que seja prático e eficaz contra as enfermidades parasitárias e infecciosas, trazendo segurança, saúde e bem-estar para os animais. Como sugestão, segue um modelo de calendário sanitário:

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