24 set 2012

Ractosuin

A evolução da suinocultura ao longo das últimas décadas foi resultado de avanços nas áreas de genética, nutrição, manejo e ambiência. O suíno tipo banha evoluiu para o suíno tipo carne, com menores teores de gordura e massas musculares mais proeminentes. Segundo Roppa (2004), o suíno que apresentava40 a45% de carne magra e5 a6 cmde espessura de toucinho nos anos 60, tornou-se o suíno moderno em 2000 com58 a62% de carne magra de carcaça e1,2 a0,8 cmde espessura de toucinho. Ao mesmo tempo, o consumidor tornou-se mais exigente, procurando por carnes com menores teores de gordura e seguras do ponto de vista sanitário. Segundo dados da ONU (2011), em2042 apopulação mundial atingirá a marca de 9 bilhões, sendo que pesquisadores acreditam que a população máxima suportada na Terra é de 10 bilhões. O desafio agora é atender a demanda de proteína animal para alimentar toda esta população. O desenvolvimento e uso de novas tecnologias serão fundamentais para que se consiga aumentar a produtividade com sustentabilidade, sendo economicamente viável e minimizando os impactos ao meio ambiente. O uso do produto RACTOSUIN® (Cloridrato de Ractopamina) em rações de suínos representou uma importante contribuição neste sentido, por aumentar a performance produtiva dos animais, reduzindo o teor de gordura na carcaça e estimulando a deposição de carne magra. A molécula ractopamina é um agonista beta-adrenérgico (se liga a receptores β), grupo este classificado como ingredientes alimentares que atuam como modificadores do metabolismo, pois direcionam os nutrientes da dieta para o aumento da quantidade de carne magra, melhorando a conversão alimentar e o rendimento de carcaça. O uso de ractopamina em animais de terminação se faz necessário, pois, o animal adulto já atingiu sua maturidade fisiológica (platô de deposição de proteínas), portanto queda da proteogenese e aumento da lipogenese devido à baixa concentração de hormônios de crescimento. As principais respostas ao uso da ractopamina são: - aumento do ganho de peso (GPD); - melhoria da conversão alimentar (CA) - (eficiência nutricional); - aumento do rendimento de carcaça (aumento de tecido magro).

Para que os melhores resultados sejam demonstrados é necessário que a nutrição seja ajustada levando em consideração genética e sexo dos animais, pois estes apresentam diferentes necessidades fisiológicas. De modo geral, Palermo Neto demonstrou que o uso de ABA (Agonistas Beta Adrenérgicos) diminui em até18,5 kga quantidade de ração fornecida para os animais, reduzindo o tempo para que se atinja o peso ideal para abate em até 4 dias, a redução de gordura foi de até 1,5% aumentando o percentual de carne magra em até5 kg. Na esfera ambiental, a redução na eliminação de dejetos pelos animais tratados foi de até18 kgpor animal, o que é muito importante, pois a necessidade de produzirmos mais com menor agressão ao meio ambiente possibilita a sustentabilidade ambiental da cadeia. Quando analisamos a redução no consumo de ração, o benefício social fica claro, pois isto representa menor competição de grãos entre animais e a população mundial, como os resultados das safras mundiais estão abaixo das projeções reduzindo os estoques o benefício do uso desta molécula contribuí com a redução da relação consumo de grãos x produção de proteínas de origem animal. Algumas características e benefícios do RACTOSUIN e PO$ Rentabilidade. - A base de fibra vegetal, minimizando a produção de pó na fábrica de ração; - Granulometria semelhante a da ração pronta, distribuindo-se homogeneamente na ração; - Sem período de carência; - Apresentação em sacos de10 kgcom 2% ou 10% de concentração; - Inclusão de5 a20 ppm por tonelada de ração; - Fornecido nos últimos 28 dias antes do abate; - Redução de dejetos (diminuição da carga de poluição ambiental); - Seguro para consumidores e suínos; - Excelente relação investimento X resultado; - Trabalhos inovadores no Brasil levando em conta sexo, genética, energia, entre outros; - Suporte técnico da equipe Ourofino; - Suporte técnico de consultores especializados em nutrição animal e qualidade de carcaça.   Referências bibliográficas: PALERMO NETO, J. Agonistas de receptores β2-adrenérgicos e produção animal. In: SPINOSA, H. S.; GORNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, 3. ed. p 545-557. ROPPA, L. O consumo de carne suína no mundo. PorkWorld,São Paulo, p.30-36, set-out. 2004.   Por Thiago Blanco, Médico Veterinário, Depto Aves & Suínos, Ourofino Agronegócio

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