24 jan 2023

Preciso fazer selante em todas as vacas na secagem?

Sabemos a importância do período seco, como ele pode auxiliar no controle da mastite e a importância de manejar bem os animais. É durante o período seco que temos a oportunidade de tratar infecções intramamárias adquiridas durante a lactação, porém também é uma fase de alto risco para novas infecções, que pode evoluir para mastite clínica na lactação seguinte.

O risco de novas infecções aumenta quando temos a ausência ou a má formação do tampão de queratina no canal do teto, responsável por atuar como barreira física contra a entrada dos microrganismos. No entanto, a formação deste tampão é muito variável entre as vacas; cerca de 50% dos quartos mamários permanecem abertos 10 dias após a secagem e até 20% dos quartos permanecem abertos por 6 semanas! (Período que pode compreender a todo o período seco em algumas propriedades). Diante disto temos um grande problema para o aumento dos casos de mastite, já que quartos mamários sem a formação do tampão de queratina tem quase 2 vezes mais chances de apresentar novas infecções durante o período seco em comparação com aqueles quartos mamários onde a formação do tampão foi completa.

O uso de selante interno de tetos na secagem é uma estratégia para prevenção destas infecções, já que simula esta barreira de proteção natural e reduz o acesso de microrganismos. A combinação do selante com o antibiótico no protocolo de secagem tem se mostrado benéfica no controle da mastite, em comparação aqueles animais com quartos não tratados ou tratados somente com o antibiótico. Os estudos recentes mostram redução do risco de mastite clínica nos primeiros 60 dias pós-parto, diminuição do risco geral de novas infecções e até redução das novas infecções causadas por patógenos importantes, como por exemplo E. coli.

Mais atualmente, temos uma segunda abordagem diferente daquela usualmente realizada na secagem. Algumas propriedades possuem a possibilidade de realizar a secagem seletiva. É claro que vários pré-requisitos devem ser avaliados, tanto a nível de rebanho quanto a nível de vaca. Porém podemos ter a redução do custo e uso de antibióticos por vacas saudáveis que não passam por desafio alto no rebanho. No entanto, nas duas situações, seja para ser utilizado com o antibiótico ou sozinho no protocolo de secagem, o uso do selante é indispensável, para todas as vacas aptas a secar.

Alguns fatores devem ser observados para um protocolo de secagem mais eficiente, veja o que devemos realizar e o que devemos evitar:

SIM

NÃO

- apare os pelos das caudas, assim facilita o manejo evita o excesso de sujidades

- não seque muitas vacas ao mesmo momento, já que a secagem deve ser o mais higiênica possível (principalmente com pouca mão de obra)

- certifique-se de ter equipe suficiente para auxiliar no protocolo de secagem

- não tenha distrações durante a rotina de ordenha e protocolo de secagem

- organize todos os materiais antes de começar o protocolo

- não deixe o material de limpeza (álcool para assepsia) e algodão sujarem de fezes

- armazene o antibiótico, o selante e todos os materiais necessários em local adequado

- não encoste a ponta da cânula do antibiótico ou do selante na pele do animal. Certifique-se que ela seja gentilmente inserida no canal do teto

- avalie se os orifícios do teto estão bem limpos antes da inserção da cânula da bisnaga

- NÃO massageie o selante de teto após sua aplicação.

- quando utilizado, o antibiótico deve ser massageado de baixo para cima, para o interior da glândula.

 

 

O Sellat é o selante da Ourofino Saúde Animal, que fornece essa barreira física no canal do teto, não irrita a pele do animal, não se desfaz e não causa nenhum efeito colateral. Ele deve ser removido pela mamada do bezerro ou na primeira ordenha do animal. Lembrando: todas as vacas irão se beneficiar da utilização do Sellat. Sellat tem resultados comprovados juntamente com o Ciprolac Vaca Seca, na cura clínica das mastites na secagem e na prevenção de até 30% nas novas infecções durante o período seco (Martins et al. 2019).

Bruna Gomes Alves

Especialista Técnica em Saúde Animal da Ourofino Saúde Animal

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