25 jan 2021

Precisamos utilizar anti-inflamatórios não esteroidais no tratamento da mastite clínica?

Dentro de qualquer propriedade leiteira, é comum nos depararmos com a mastite, seja ela clínica ou subclínica. A grande diferença entre elas está no fato do aparecimento dos sintomas. Na mastite subclínica os sintomas estão ausentes e o diagnóstico positivo acontece somente pela contagem de células somáticas ou condutividade elétrica. Por outro lado, a mastite clínica causa sinais visíveis no animal, que variam de um grau leve, com pequenas alterações no leite, até o sinal mais grave, com o aparecimento de sinais sistêmicos, além das alterações no leite e na glândula mamária.

Mesmo sendo imprescindível o foco da erradicação estar no controle da doença, com medidas de higiene, cuidados na rotina de ordenha e protocolos de secagem bem realizados, o tratamento dos casos clínicos, sejam novos ou recorrentes, merecem total atenção para a segurança de um rebanho mais saudável. É crescente o uso dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) em bovinos, principalmente pela redução expressiva da inflamação e mediação dos efeitos causados por endotoxinas para oaumento o bem-estar do animal doente. Tanto as infecções causadas por bactérias gram-negativas, quanto aquelas causadas pelas gram-positivas aumentam as concentrações de citocinas pró-inflamatórias e prostaglandinas e dependendo dos casos, principalmente quando causados por coliformes de fontes ambientais, a mastite pode causar séria inflamação da glândula mamária acompanhada por sintomas clínicos graves, muito comuns no início da lactação.

Em comparação aos corticosteroides, os AINEs possuem propriedades analgésicas e auxiliam a redução da dor nos quadros de mastite clínica. A ação dos AINEs está na inibição da enzima COX, responsável por participar da formação das prostaglandinas. Algumas diferenças na estrutura da enzima COX, no entanto, formam formas diferentes da mesma enzima, como a COX 1, relacionada com a produção de agentes protetores da mucosa gástrica e do aparelho renal, e a COX 2, relacionada com o processo inflamatório em si.

Dentre os AINEs que existem atualmente no mercado, podemos dizer que existem algumas diferenças na duração do princípio ativo no organismo do animal (tempo de eliminação) e via de atuação. Uma pesquisa recente mostrou que o cetoprofeno, por exemplo, permanece por pouco tempo no organismo do animal em comparação à flunixina meglumina. Já o meloxicam, que é o princípio ativo do Maxicam 2% da Ourofino Saúde Animal, possui meia-vida de eliminação mais longa, chegando a 17 horas em bovinos e 20 horas em bezerros tratados. Na mastite, alguns estudos também são realizados principalmente com o meloxicam, por ser um AINE inibidor seletivo de COX 2 e não provocar efeitos adversos e por sua grande segurança clínica.

Pesquisas indicaram que com a utilização do meloxicam, vacas tratadas tiveram menor limiar de dor durante episódios de mastite, melhora na taxa de cura bacteriológica, menor tendência a novas infecções intramamárias, menor contagem de células somáticas (CCS) e menor risco de descarte em comparação às vacas tratadas somente com antibiótico.

O Maxicam 2% é o meloxicam da Ourofino Saúde Animal, pioneiro no mercado brasileiro e recomendado para tratamento do sistema locomotor, ocular, metrites e mastites. Promove o alívio da dor e do inchaço com mínimos efeitos colaterais, ação potente e duradoura!

Maxicam 2% é recomendado no tratamento das mastites clínicas moderadas e graves, atenuando a dor e o inchaço da glândula mamária, promovendo bem-estar e conforto aos animais doentes.

Bruna Gomes

Departamento Técnico Ourofino Saúde Animal

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