Artigos - Oxyuris Equi

05 out 2015

Oxyuris Equi

Hoje no blog vamos dar sequência ao assunto sobre as principais parasitoses em equinos, e o parasita escolhido foi o Oxyuris equi, causador da Oxiurose, uma doença de distribuição mundial, que afeta principalmente animais adultos e está associada comumente a falta de higiene nas instalações e no ambiente.

Oxyuris equi é uma espécie de parasita pertencente à classe Nematoda, ordem Ascaridida, família Oxyuridae. Tem como hospedeiro definitivo os cavalos e asininos, e costumam se localizar no ceco, cólon e reto desses hospedeiros. O ciclo de vida é simples e direto, as fêmeas adultas migram do intestino até a região perianal do animal, exteriorizam sua extremidade anterior e depositam os ovos (conforme figura abaixo) envoltos por uma substância gelatinosa, que mantém os ovos fixos no local até se desenvolverem em L3 (estágio infectante) em 4 a 5 dias (TAYLOR et al. 2010).


Foto cedida por Lussandro Comarella Lechinoski.

Imagem fotográfica do Oxyuris depositando os ovos na região perianal.
Foto cedida por Lussandro Comarella Lechinoski.

Com a ingestão dos ovos, ocorrerá infecção, e as larvas serão liberadas no intestino delgado, movendo-se para o ceco e cólon, onde ocorrerá a muda para L4. Os ovos resistem a dessecação, podendo permanecer por longos períodos no ambiente e o período pré-patente é de cinco meses (TAYLOR et al. 2010).

A principal fonte de infecção são os próprios equinos, pois quando a fêmea adulta do Oxyuris equi deposita os ovos no ânus do equino, provoca no mesmo um intenso prurido ou coceira, e por fim na tentativa de aliviar esse prurido, os equinos mordem a cauda, ingerindo os ovos, esfregam-se nas baias, cercas, troncos, contaminando as instalações e em muitos casos, a água e os alimentos. Por essa razão que animais estabulados acabam apresentando uma eleva carga desse parasita (BERNE, 2001).

O Oxyuris equi não costuma originar uma doença grave, seu incômodo maior se dá pelo prurido anal intenso causado pelo parasita durante o processo de postura dos ovos, e pelo ato de roçar, onde o animal acaba lesionando essa região, aumentando as chances de infecções bacterianas. Outro fator são as pequenas erosões na mucosa intestinal devido ao habito alimentar das L4, que podem gerar respostas inflamatórias (BLOOD; RADOSTITS, 1991; TAYLOR et al. 2010).

O diagnóstico pode ser feito com base nos sinais clínicos de inquietação, prurido intenso ao redor do ânus, falta de apetite ou perda de condição corpórea (TAYLOR et al. 2010). Porém o melhor método para diagnosticar esses parasitas consiste em aplicar na região anal e perianal uma tira de fita gomada transparente, os ovos presentes, ficarão aderidos na fita, que deve ser colocada sobre uma lâmina microscopia e examinada ao microscópio (COSTA, 2012).


 
Para o tratamento e controle dessa parasitose, a Ourofino oferece diversas opções: Aba Gel Composto, Iver Gel Composto, Iver Pasta Equinos ou Moxi Duo, todos antiparasitários de amplo espectro que devem ser aplicados junto ao um correto manejo sanitário.

Como forma de prevenção deve- se diariamente limpar as instalações dos animais, podendo utilizar desinfetantes a base de fenol, por exemplo.

REFERÊNCIAS

BERNE, M. E. A. Parasitoses gastrintestinais de equinos. In: CORREA, F.R.; SCHILD, A.L.; MÉNDEZ, M.D.C.; LEMOS, R.A A. Doenças de ruminantes e equinos. São Paulo: Livraria Varela, 2001. cap.1. p. 141-146. v. II.
BLOOD, D. C.; RADOSTITS, O. M. Clínica Veterinária. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
COSTA, A. J. Método de Graham. Diagnóstico Parasitológico em Helmintologia. 1. ed. Jaboticabal, 2012.
TAYLOR, M. A.; COOP, R. L.; WALL, R. L. Parasitologia Veterinária. 3. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

Tamyris Furtado de Lima

Estagiária do Departamento Técnico Ourofino Saúde Animal

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