07 nov 2011

Ocorrência de Endoparasitos em Suínos

Mesmo possuindo um dos maiores rebanhos de suínos do mundo, o Brasil ainda apresenta baixos índices de produtividade. Dentre os sistemas de produção, as pequenas e médias propriedades respondem por uma grande parcela das criações, empregando diversos sistemas de criação e manejo (GENNARI et al., 1997). As parasitoses gastrointestinais e pulmonares dos suínos representam um dos fatores de prejuízo da sua exploração em todo o mundo (Gonzales et al. ,1975). Nas criações industriais, os problemas decorrentes das helmintoses são relevantes e resultam em prejuízos que necessitam ser contabilizados e analisados, para que a indústria suinícola possa estabelecer medidas de controle mais efetivas (BORDIN, 1987). As helmintoses em suínos provocam emagrecimento e retardo no crescimento, resultando no aumento das taxas de morbidade e mortalidade na criação, além dos gastos com produtos anti-helmínticos e terapêuticos (SOBESTIANSKY et al., 1998). Os prejuízos causados pela ocorrência das endoparasitoses nos rebanhos suinícolas dependem do nível de contaminação ambiental, que varia de acordo com os sistemas de produção, condições de higiene e as práticas de manejo (LEITE et al., 2000). Segundo Cordovés et al. (2000), infecções parasitárias, causadas principalmente por nematódeos gastrointestinais e pulmonares, afetam a conversão alimentar de suínos jovens. Em relação aos coccídios, uma das principais causas de perdas econômicas é a diarreia em leitões lactentes, a qual induz a mortalidade e conversão alimentar inadequada com consequente perda de produtividade (RAMOS et al., 2002). Entre os nematódeos identificados em suínos criados no Brasil, destacam-se: Ascaris suum, Oesophagostomum dentatum, Trichuris suis, Strongyloides ransomi, Trichostrongylus suis e Metastrongylus salmi, além do Hyostrongylus rubidus e Metastrongylus sp. (BORDIN, 1987; GENNARI et al., 1997; SOBESTIANSKY et al., 1998). No entanto, há poucos estudos referentes às infecções por helmintos em suínos no Brasil.   Referências bibliográficas RENNARI, S. M.; LISBOA, M. N.; NISHI, S. M. Ocorrência de parasitos intestinais em suínos mantidos sob diferentes manejos em granjas do estados de São Paulo. Anais, CONGRESSO BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS (VII Abraves), p.239. Foz do Iguaçu, PR, 1997. GONZALES, J. C.; OLIVEIRA, C. B. M.; FRITSCH, R. J. Parasitoses gastrintestinais e pulmonares de suínos no município de Guaíba, RS. Arquivos da Faculdade de Veterinária UFRGS, Porto Alegre, v.3, n.1,p.13-19, dez.1975. BORDIN, E. L. Relação entre infecções por parasitos internos de suínos e o custo de alimentação. Revisão. A Hora Veterinária, Porto Alegre, v.7, n.39, p. 21-27, 1987. SOBESTIANSKY, J.; SOBESTIANSKY, J.; WENTZ, I. et al. Controle de endoparasitas. In: Suinocultura intensiva: produção, manejo e saúde do rebanho. Brasília: EMBRAPA, p. 275-289.1998. LEITE, D. M. G.; PEREIRA, N.W; COSTA, A. O. D. Parasitoses em suínos ao ar livre. A Hora Veterinária, Porto Alegre, ano 19, n. 114, p. 8-10, 2000. RAMOS, C. A. N.; FAUSTINO, M. A. G.; OLIVEIRA FILHO, E. F. Levantamento de parasitos gastrintestinais em suínos criados na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata do Estado de Pernambuco. Anais, XII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, Recife: UFRPE, 2002, p.203-204. CORDOVÉS, C. O.; PINTO, M. R.; NEGRÃO, S. L. Programa integral de controle de parasitos internos, externos e vetores, em granjas suinícolas do Brasil. A Hora Veterinária, Porto Alegre, v. 20, n.116, p. 49-55, 2000. Por Maycon Secani Cunha em parceria com NESUI - UFLA

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