
11 abr 2016
Obesidade nos pets: o que é e como evitar?
Como sabemos uma boa alimentação está intimamente ligada à uma vida saudável. Para os pets, uma nutrição adequada também é pré-requisito para saúde e bem estar. A alimentação nos animais domésticos tem como principais objetivos a manutenção da saúde, a obtenção de uma taxa normal de crescimento, apoio em fases específicas como, por exemplo, gestação e lactação.
Existe muita variação entre as exigências energéticas dos pets e estas dependem do tamanho, do peso, das condições ambientais, níveis de atividade, estado fisiológico e níveis de disponibilidade dos nutrientes da dieta.
Chama-se de obesidade a condição patológica decorrente do acúmulo de gordura maior que o necessário para o bom funcionamento do organismo. Este acúmulo pode levar a deterioração das funções do corpo e ser prejudicial à saúde e bem estar. Nos dias de hoje este problema é frequente e preocupante na rotina de clínicas veterinárias.
É importante diferenciar sobrepeso de obesidade. Chamamos de sobrepeso quando o animal está até 15% acima do peso normal, já a obesidade aparece quando este valor é ultrapassado. Animais obesos não são necessariamente aqueles que comem mais, a obesidade pode resultar de uma ingestão de energia maior que seu gasto. Diversos fatores podem contribuir para o aparecimento desta condição, tais como idade, predisposição genética, sexo, problemas endócrinos, composição e palatabilidade da dieta, nível de atividade voluntária e estilo de vida, castração e fatores ambientais.
A obesidade implicitamente nos remete ao conceito de um transtorno prejudicial à saúde do indivíduo, sendo capaz de elevar a incidência de algumas doenças e alterações como, por exemplo, diabetes melittus, lipidose hepática, lesões articulares, problemas respiratórios e cardíacos e pancreatite.
Não há sinais clínicos específicos que indiquem a obesidade, porém, alguns podem ser indicativos como redução de atividade, cansaço fácil, dificuldades de locomoção e alteração na silhueta (acúmulo de gordura nas costas, ao redor do pescoço e nos ombros).
Cabe ao médico-veterinário examinar o animal, identificar o quadro de obesidade e estipular o tratamento e medidas adequadas.
Em grande parte das vezes o tratamento é bem simples, apenas com correções no manejo nutricional do cão ou gato. Para que o programa de redução de peso tenha êxito é fundamental e imprescindível à cooperação do proprietário.
Como é de conhecimento de todos a prevenção é sempre melhor, desta forma os cães e gatos devem ser sempre alimentados visando à manutenção de uma faixa de peso ideal. Para evitar a obesidade é imprescindível fornecer a quantidade exata de alimento de acordo com sua espécie, faixa etária, raça e condição fisiológica; reduzir a oferta de petiscos e estimular a realização de exercícios físicos (passeios e brincadeiras).
O ideal seria que a obesidade fosse revertida antes do aparecimento de suas consequências, mas na maioria das vezes os proprietários levam seus animais para a consulta quando os agravamentos já existem. Se observar que seu pet pode estar acima do peso não hesite leve-o o quanto antes ao médico-veterinário.
Mariana Castelhano Diniz
Médica Veterinária e Analista Técnica na Ourofino Saúde Animal
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