24 nov 2020

O que é o período de transição e por que ele é tão importante?

Por definição, o período de transição é o período no qual a vaca deixa de ser gestante e passa a ser lactante. Cronologicamente, compreende às 3 semanas que antecedem ao parto até as 3 semanas após o parto. Esse período é marcado por inúmeras alterações metabólicas, causadas em sua maior parte pelo baixo consumo de alimentos nessa fase. Com a proximidade do parto e o aumento significativo do tamanho do bezerro, há menos espaço físico para o rúmen, e desta forma observamos diminuição da ingestão de alimentos. No entanto, independentemente da condição nutricional da vaca nesse momento, há a necessidade do direcionamento de nutrientes para a colostrogênese e desenvolvimento da glândula mamária. Essa adaptação metabólica que ocorre em vista das prioridades fisiológicas é denominada homeorrese. Embora haja certa adaptação fisiológica a alta demanda de nutrientes para a produção de leite é superior à curva de ingestão de alimentos, colocando a vaca em uma situação denominada Balanço Energético Negativo (BEN) (Figura 1).

Figura 1. Esquema das curvas de produção de leite, consumo de matéria seca e escore de condição corporal

O BEN pode ser mais ou menos agravado de acordo com o status nutricional da vaca no parto e com a capacidade de contornar os problemas metabólicos. Devido à grande mobilização das reservas corporais, ocorre o aumento da concentração de ácidos graxos não esterificados (AGNE), que parte segue para a glândula mamária e parte é oxidada no fígado. Dependendo da quantidade de nutrientes exigida, há intensa mobilização das reservas e essa quantidade de AGNE aumenta muito, o que acaba sendo acumulado no fígado, causando a esteatose hepática. A oxidação dos AGNE é limitada, no entanto pela quantidade de propionato (energia ingerida pelo animal via dieta). Na ausência desse componente, que está em falta no período de transição, os AGNE são oxidados a corpos cetônicos, como o beta-hidroxibutirato (BHBA) e a vaca apresenta o quadro de cetose.

Além das duas doenças mencionadas, algumas outras doenças clínicas são bastante comuns nesta fase, como metrite, mastite, deslocamento de abomaso ou problemas de casco. Vários fatores contribuem para o aparecimento de uma ou mais enfermidade, como menor resposta imune nesse período, alterações hormonais do final da lactação, parto e mudanças no manejo nutricional. E, ainda que nos casos subclínicos os animais estão aparentemente normais, é possível perceber redução de desempenho. Nesse ultimo caso, os custos com a baixa performance podem até exceder os custos diretos com os animais visivelmente doentes.

E o que podemos fazer para reduzir os impactos do período de transição? Uma das primeiras abordagens necessárias é fornecer conforto aos animais pós-parto, com acesso à água e alimentos de qualidade, embora o apetite destes animais esteja diminuído. Um segundo ponto seria o tratamento dos animais doentes que vão necessitar de acompanhamento direto de um técnico especializado para melhor direcionamento da duração do tratamento e melhor abordagem. Aliado a esses fatores, podemos citar a terapia de suporte com hidratantes energéticos que suprem, de forma oral, algumas exigências de energia, sais, dentre outros produtos funcionais.

Vários estudos foram realizados com o objetivo de avaliar a eficiência da administração oral de precursores de glicose durante o período periparto. Essa suplementação influencia diretamente na resposta sanguínea dos metabolitos, amenizando o BEN, e diminuindo a incidência de desordens metabólicas secundárias a esse balanço, como a cetose e o fígado gorduroso.

O Hidrat Fresh é hidratante energético concentrado de ingestão espontânea, efervescente, que auxilia na recuperação da vaca de transição. É combinado com eletrólitos e vitaminas by pass, importantes para correta absorção intestinal. Hidrat Fresh atende as exigências de glicose, repõe de forma eficaz a hidratação e melhora as funções hepáticas. Com diferenciais altamente tecnológicos, Hidrat Fresh conta com composição rica, com colina e betaína protegidas, que auxiliam diretamente nas rotas metabólicas e também mananoligossacarídeos (MOS), responsáveis pela seleção de bactérias benéficas no rúmen e competição por sítio de ação com bactérias patogênicas no intestino, melhorando o bem-estar e desempenho.

Bruna Gomes Alves

Especialista Técnica em Saúde Animal da Ourofino Saúde Animal

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Comentários

claudio roberto de S. pereira

Terça-feira, 01 de Dezembro de 2020

trabalho na empresa ag guedes sou vendedor da empresa visito produtores no campo para vender produtos artigo de vc muito interressante aprender nuca e de mais muito boa materia estarei sempre acompanhando vc obrigado.

Ourofino Saúde Animal

Terça-feira, 01 de Dezembro de 2020

Olá Claudinho,

Muito obrigada pelo seu comentário.

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