
15 fev 2022
Indução à lactação 2.0: coloque os números para trabalhar a seu favor ainda mais
A eficiência reprodutiva está diretamente relacionada com a produtividade, pois define o número de parições e, portanto, a quantidade de vacas que entrarão em lactação logo após o parto. O ideal é que esta fêmea emprenhe o mais o rápido possível após o período de espera voluntário. Entretanto, sabe-se que algumas fêmeas do rebanho encerram o período de lactação sem conseguir estabelecer uma gestação. Estas falhas reprodutivas comprometem a produtividade das fazendas, uma vez que provocam:
- Aumento de descarte involuntário;
- Redução do período produtivo;
- Redução do número de animais para reposição;
- Redução no progresso genético.
Nestes casos, uma estratégia é utilizar o protocolo de indução à lactação. Este protocolo mimetiza a ocorrência do parto e as alterações hormonais estimulam o desenvolvimento da glândula mamária e a produção de leite, fazendo com que esta fêmea inicie um novo período de lactação. Este protocolo pode ser utilizado também em novilhas, que tenham atingido o peso e estejam aptas à reprodução, mas que não emprenham.
O protocolo consiste na aplicação de alguns fármacos como progesterona, estrógeno, prostaglandina, somatotropina e corticosteróide. Esse conjunto mimetiza o perfil hormonal fisiológico presente no final da gestação (colostrogênese), fazendo com que o organismo da fêmea entenda que é o momento de produzir leite.
A Ourofino, em parceria com as universidades, desenvolveu um protocolo de indução à lactação, que 85% das fêmeas respondem e começam a produzir leite. Esta produção em média corresponde a 70% da produção de uma lactação fisiológica.
Entretanto, para que tenhamos mais sucesso, é necessário que esta fêmea seja selecionada e alguns critérios precisam ser levados em consideração:
- Produtividade;
- Escore de condição corporal;
- Sanidade (estarem saudáveis);
- Número de lactações.
Além disso, as fêmeas precisam ser submetidas ao protocolo de secagem completo e o protocolo só deve ser iniciado após 40 dias de período seco.
Figura 1. Protocolo de indução à lactação convencional (Mingoti et al., 2016 – ICAR)
Um novo protocolo de indução foi estudado e comparado com o protocolo convencional. A hipótese testada foi que o protocolo de indução à lactação 2.0 teria a mesma eficiência que o convencional, no entanto, com uma maior praticidade. Esta foi confirmada, uma vez que, tanto a taxa de resposta, quanto a produção de leite não diferiram entre os protocolos.
Figura 2. Taxa de fêmeas que responderam ao protocolo de indução à lactação convencional e 2.0 e começaram uma nova lactação.
Figura 3. Produção de leite após as fêmeas terem sido submetidas ao protocolo de indução à lactação convencional e 2.0.
Além de possuir a mesma eficiência, o protocolo de indução à lactação 2.0 propicia aos animais um melhor bem-estar, devido ao menor número de manejos e aplicações.
Outra vantagem dos protocolos de indução à lactação é o retorno à função reprodutiva, sendo uma estratégia para incrementar a fertilidade de fêmeas repetidoras de serviço.
Igor Garcia Motta
Especialista Técnico em Reprodução Animal na Ourofino Saúde Animal
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Comentários
José Dimas Diniz Bastos
Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2022
Além de Veterínário, sou produtor de leite e já utilizo o protocolo de indução de lactação (antigo), desde que lançado pela Ouro Fino, e com sucesso; além do protocolo de IATF. Agora vou testar o protocolo 2.0. Grato.
Ourofino Saúde Animal
Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2022
Olá José Dimas, tudo bem?
Muito obrigada pelo sei feedback, ficamos muito felizes em receber.
Obrigada por confiar em nossos produtos e em nossas soluções.
Conte sempre conosco.
Ana
Time de relacionamento
Ourofino