Diarreias bacterianas, uma enfermidade comum?

A bovinocultura apresenta segmentações diversificadas, temos produção de proteína, seja ela proveniente da carne ou leite. Possuímos animais com aptidão para cada uma dessas áreas. Mesmo sendo divergentes nas suas características e objetivos, os modelos de criação são distintos, mas algumas enfermidades afetam tanto animais de corte como animais de leite, sendo que a fase de cria a enfermidade mais comum e alta morbidade, caso não seja tratada adequadamente, é a diarreia.

Independente da finalidade da fazenda, a diarreia é a maior causa de prejuízos na fase inicial de vida dos animais. Um ponto a ser ressaltado é a variabilidade de agentes possíveis como desencadeares dos quadros. Podemos citar bactérias, vírus, protozoários e parasitas como sendo os de maior relevância.

Assim sendo, daremos maior ênfase às bactérias, por se tratar de um grupo bastante importante e com diversos agentes e fontes possíveis. Com respeito a elas, devemos incialmente nos preocupar com a Escherichia coli, também conhecida por outras alcunhas, como E. coli, curso branco, diarreia de leite, entre tantos outros. Fato é que a denominação diarreia de leite é provavelmente a mais equivocada, pois leite é alimento e não causa diarreia. No entanto, um leite contaminado pode ser a causa de diarreia. Para compreendermos melhor a questão, devemos lembrar que esta diarreia afeta os animais nos primeiros 20 dias de vida e normalmente irá ocorrer na forma de surtos, afetando mais de um animal que esteja em contato próximo com os animais doentes. Esta diarreia é caracterizada por um aspecto de fezes bastante líquidas de coloração amarela ou esbranquiçada e fétida. O agente em questão é bastante comum, pois é um colonizador natural do trato digestivo dos bovinos, sendo assim, podemos afirmar que o contato com animais mais velhos é uma importante fonte de transmissão e difusão dessa bactéria/enfermidade.

Outra bactéria muito comum, causadora de diarreia em bezerros, é a Samonella sp., neste caso a diarreia irá acometer animais com idade acima dos 30 dias até aproximadamente os 60 dias de vida. Quando nos deparamos com tais quadros, teremos fezes tendendo a consistência mais pastosa, podendo ser aquosa, porém com a presença de bolhas de gás no bolo fecal, dando um bom indicativo da bactéria citada acima. Nestes casos, a bactéria está relacionada com a presença de aves no bezerreiro, sendo elas domésticas ou silvestres, a contaminação dos animais se dá pela facilidade de acesso das aves aos cochos de água e ração, contaminando assim os alimentos e promovendo sua ingestão de maneira natural pelos animais.

Independente das bactéria envolvida, temos a necessidade de controle tanto dos sinais clínicos, como da eliminação dos agentes causadores do trato digestivo. Importante termos em mente que a maior causa de mortes nos quadros de diarreia, não necessariamente, são as bactérias e sim a desidratação causada durante os quadros. Sendo assim, a necessidade do uso de soluções como o Fortemil, para reidratação dos bezerros se faz necessário. Além disso, a utilização do Corta Curso, que na sua composição apresenta o benzetimide (potente modulador do trânsito intestinal), reduzindo assim os efeitos da desidratação. O produto ainda possui na sua composição a doxiciclina, que é um potente antibiótico, que irá eliminar as bactérias que estão causando a enfermidade. É comum durante os processo da diarreia, a animal apresentar febre. A utilização do Finador que possui na sua fórmula a dipirona, potente antitérmico, será de grande ajuda para melhorar a condição geral do bovino.

Diante do cenário, devemos ser objetivos quando estamos envolvidos em propriedades com altos índices de diarreia, afinal é uma enfermidade que provoca prejuízos muito significativos para qualquer que seja a finalidade dos animais.