Controle Integrado de parasitas: oportunidade para o manejo sanitário racional

Na criação de bovinos as parasitoses representam uma das grandes preocupações sanitárias no rebanho. Estima-se que os prejuízos causados pelos parasitas em geral são da ordem de 13,96 bilhões de dólares (Grisi et al., 2014), por isso o controle de parasitas internos e externos é fator condicional para melhorar o bem estar animal e aumentar a produtividade (Figura 1).

As verminoses são responsáveis por mais de 50% dos prejuízos provocados pelos parasitas, representado gastos anuais da ordem de 7,11 bilhões de dólares (Grisi et al., 2014). A criação extensiva permite no Brasil o maior contato dos animais com os parasitas que vivem durante a fase de vida livre, no ambiente a espera da oportunidade de completarem seus ciclos parasitários nos animais. De modo geral, o clima brasileiro e a atividade pecuária, predominantemente a pasto, permitem que os parasitas se multipliquem com relativa facilidade e rapidez. No verão, as condições ambientais são ainda mais favoráveis resultando em altas infestações de carrapatos e verminoses nos animais.

Animais vermifugados regularmente apresentam em média ganho de peso superior variando de 10 a 40kg de peso vivo em relação a animais não tratados (Carneiro et al. 1991; Pinheiro et al. 2000; Borges et al. 2013). Essa variação pode estar relacionada além da vermifugação, idade, genética, nutrição, sistema de criação (manejo) entre outros fatores, mas sempre positiva devido ao melhor manejo sanitário.

De fato, há várias formas de controle, mas quando se trata do verão e para muitas regiões do Brasil tropical é importante unificar o controle para conter o avanço dos parasitas. Uma das estratégias mais eficientes é a técnica de controle integrado de parasitas. Nele, utiliza-se antiparasitários de amplo espectro, capazes de atuar nos parasitas internos e externos. Os endectocidas injetáveis (Master LP, Evol, Performa EP e Produce) ou pela via pour on (Fluatac DUO) que garantem controle mediante a estratégias ou protocolos de tratamentos. Levamos em consideração tratamentos preventivos contra os parasitas nas épocas do ano que antecedem as médias e as altas infestações (Verão), já que no Brasil o clima favorece epidemiologicamente as infestações parasitárias durante o ano todo. O controle de parasitas pode ser mais eficiente quando associamos o controle integrado ao controle estratégico na combinação Controle Estratégico Integrado, conforme modelo abaixo.

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