16 jan 2020

Carne Suína: como foi 2019 e o que esperar em 2020?

Após 2018 ser um ano desafiador para o suinocultor, em 2019 o mercado foi mais positivo. A demanda interna mostrou recuperação, mesmo que a passos lentos e a alta demanda externa também colaborou para o cenário, segundo a Scot Consultoria. No Brasil, as vendas de carne suína alcançaram volume recorde no ano passado, como mostra os números divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram embarcadas 750,3 mil toneladas durante os 12 meses de 2019.

A Peste Suína Africana (PSA), doença altamente contagiosa e que vem devastando o rebanho suíno principalmente na Ásia, resultou em graves consequências como a redução do rebanho suíno e queda na produção de carne. A China teve que reformular o seu mercado, importando mais carne suína o que alavancou os embarques brasileiros.


Outro ponto que colaborou para o mercado foi a número de plantas habilitadas a exportar. Ao todo, 18 novos frigoríficos foram autorizados a realizar embarques em 2019.

Ainda avaliando o histórico do preço do quilo do suíno, houve um aumento significativo. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em Minas Gerais, o valor passou de R$ 3,93 para R$ 6,40, de janeiro a dezembro de 2019.

Para 2020, os custos de produção deverão pesar mais para o suinocultor. A oferta de milho deverá ser menor nesta temporada, junto a isso a exportação do grão deve continuar em bom ritmo. Porém, o balanço positivo registrado em 2019 deve se repetir neste ano, de acordo com o Cepea.

Gisele Ravagnani

analista técnica da Ourofino Saúde Animal

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