03 fev 2021

Barreiras de oxigênio na preservação da qualidade da silagem

Durante a ensilagem, vários fatores podem afetar a qualidade da massa ensilada e a manutenção dos nutrientes da planta, e independente do tipo de silo a ser utilizado, alguns pontos devem ser muito bem observados. O ponto correto da colheita, o uso de aditivos, o tamanho de partícula, a taxa de enchimento do silo e a correta compactação devem ser respeitados para que haja a menor quantidade de oxigênio e que o processo fermentativo aconteça com a rápida queda do pH. E, para impedir a deterioração aeróbia, a qualidade da cobertura e a taxa de desabastecimento também devem ser pontuadas. Dentre esses fatores, a qualidade do filme plástico e o quão bem ele foi aderido à forragem são peças-chave para eliminar a deterioração de superfície. Por muito tempo as lonas convencionais (PVC ou polietileno – dupla-face) têm sido utilizadas para este fim. Porém, embora possuam boa resistência mecânica e a grande maioria seja protegida dos raios solares, elas não impedem a passagem de oxigênio.

 

Mesmo com a utilização de lonas com alta micragem aliadas a pesos colocados por cima do silo, é comum observarmos perdas consideráveis na superfície do silo, seja trincheira ou superfície. Essa camada visivelmente diferente do restante do painel possui pH mais alto, o que favorece a multiplicação de microrganismos indesejáveis como fungos e leveduras, além de bactérias deteriorantes. Além disso, as leveduras metabolizam o ácido lático produzido por bactérias benéficas, o que contribui ainda mais para as perdas da silagem como um todo. Alguns estudos já conduzidos tratam que camadas de 10 a 15 cm de perdas correspondem a cerca de 40 toneladas de silagem, estabelecidas para um tamanho padrão de silo. E qual seria a solução para esse problema?

Ao longo dos anos foi possível acompanhar o desenvolvimento de barreiras de oxigênio, que, ao contrário das lonas convencionais que somente fazem a cobertura do silo, conseguem impedir ou reduzir drasticamente a passagem de ar. Uma medida que usamos para conseguir determinar essa passagem é a taxa de passagem de oxigênio (OTR, no inglês). Essa taxa avalia o quanto de volume de oxigênio é passado a cada 24 horas por cada metro quadrado de lona. Nos materiais convencionais, essa OTR chega a valores de 1500 cm³/m² ao passo que nas barreiras esse número cai para perto de 39 cm³/m². Uma redução muito grande, certo?! E essa menor quantidade de oxigênio presente na massa ensilada implica em silagem mais fresca, de maior qualidade nutricional e palatabilidade.

No mercado atual, as barreiras de oxigênio podem ser fabricadas de diferentes micragens e materiais. Polímeros como poliamidas, etileno álcool vinílico (EVOH) e álcool polivinilico (PVOH) são comumente encontrados.

 

SilageSeal é a barreira de oxigênio da Ourofino Saúde Animal, possui 45 micras e é capaz de vedar qualquer tipo de silagem. Por possuir várias apresentações, o cálculo da dimensão do silo é necessário, para garantir que todo o material seja coberto, respeitando sobreposições e laterais. Logo em cima da SilageSeal, fazemos a recomendação de uma lona de cobertura, aumentando a resistência mecânica e a proteção de raios UV.

Estudo realizado no Brasil, mostra que as barreiras de oxigênio são eficientes na manutenção de menor pH e menores perdas de MS, preservando maiores concentrações de ácido lático na silagem. Além disso, é evidenciado o benefício de uso das barreiras de poliamida na redução da contagem de leveduras, prejudiciais ao processo fermentativo. SilageSeal melhora a fermentação da silagem, diminui perdas superficiais e aumenta o retorno econômico.

Bruna Gomes Alves

Departamento Técnico Ourofino Saúde Animal

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