23 jul 2021

Aspectos práticos de monitorias sanitárias relacionadas ao circovírus

Dentro de qualquer tipo de produção animal, monitorias sanitárias são de grande importância como uma ferramenta de auxílio em diagnósticos e avaliação de como está a dinâmica de infecção de um determinado agente dentro de uma unidade de produção. A suinocultura por ser uma atividade intensiva e com características de avaliação de população, essas monitorias passam a ter um papel ainda mais importante, por permitir que sejam avaliados e identificados possíveis pontos de melhoria e adequações na qualidade sanitária do plantel.

Para tanto, dentro das monitorias sanitárias, em relação à investigação relacionada à circovirose, as mais utilizadas na prática são as monitorias clínicas, patológicas e laboratoriais. No entanto, alguns questionamentos são importantes para a definição de quais os melhores tipos de análises a serem realizadas como auxílio de avaliação de quadros suspeitos de circovirose. Para a definição de quais amostras devem ser coletadas é importante levantar algumas informações, como:

  • Há suspeita de quadros subclínicos e/ou clínicos de circovirose? Em qual fase mais específica?
  • Nenhuma suspeita específica, tratando-se apenas de uma monitoria para verificar a dinâmica de infecção de PCV2?
  • Há suspeita de falha vacinal por imunidade passiva de leitões no momento de vacinação deles?
  • Há suspeita de problemas reprodutivos (mumificados e/ou natimortos) já correlacionados à circovirose?
  • Qual vacina atualmente utiliza?
  • Qual protocolo de vacinação utilizado na granja?
  • Vacina leitoa/marrã?
  • Vacina matrizes pré-parto (próximo aos 90 dias de gestação)?
  • Vacina matrizes junto com o reforço da PLE por volta dos 5 a 10 dias pós-parto?
  • Qual data de vacinação dos leitões e número de doses?

Depois de alguns desses questionamentos, é possível definir alguns pontos:

A definição de qual problema está presente na granja para qual a definição do tipo possível de análise a ser realizado, está diretamente relacionada à realização de outros tipos de monitorias, como a clínica, em que se identifica e avalia os animais suspeitos, bem como a monitoria patológica, em que se faz a necropsia e coleta de material para a realização da monitoria laboratorial.

Este conjunto de ações é de fundamental importância para que seja possível ter uma maior assertividade no diagnóstico do agente em questão e para que haja, o mais rápido possível, a reversão dos quadros clínico e sanitário, permitindo aos animais o retorno de sua produção a patamares esperados dentro da realidade de produção.

Andrea Panzardi

Departamento Técnico Ourofino Saúde Animal

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