Artigos - Problemas geniturinários em fêmeas suínas

20 set 2016

Problemas geniturinários em fêmeas suínas

Os distúrbios relacionados ao aparelho geniturinário de matrizes suínas estão entre os principais responsáveis pela diminuição da rentabilidade de granjas comerciais de suínos. Existem inúmeros transtornos envolvidos nas diferentes fases do ciclo produtivo, tais como: abortamento, anestro, descargas vulvares, distocia, retorno ao cio, mumificação, natimortalidade, Síndrome MMA (metrite, mastite e agalactia), matrizes vazias ao parto e cistite. As causas destes transtornos podem ter inúmeras origens, tais como: infecciosa, falhas de manejo, sazonalidade, deficiências nutricionais, deficiências de infraestrutura, entre outras.

Os prejuízos causados pelos problemas geniturinários na produção podem ocorrer de inúmeras maneiras. Eles estão frequentemente relacionados com a redução da taxa de concepção e taxa de parto, com a redução do total de leitões produzidos, com o aumento do número de dias não produtivos (DNP) das matrizes na granja, com o aumento da taxa de descarte de matrizes e, consequentemente, influenciando a taxa de retenção. Portanto, gerando ineficiência do plantel em todas as fases do ciclo reprodutivo.

Dentre as principais causas de problemas relacionados ao aparelho geniturinário em matrizes suínas, podemos citar a cistite, que em muitas vezes acaba evoluindo para um quadro de infecção urinária. A infecção urinária na fêmea em produção é um dos mais importantes problemas que ocorre nos sistemas intensivos de produção de suínos, devido a sua relação com transtornos reprodutivos e por provocar aumento na taxa de descarte. Além disso, é a causa mais comum de morte súbita em porcas gestantes e lactantes (DALLA COSTA & SOBESTIANSKY, 1999). Devido à sua alta frequência e relação com problemas reprodutivos, essa é a doença endêmica mais importante dos suínos (SOBESTIANSKY et al., 1995).

De acordo com Silveira et al. (2006), existe estreita relação entre as infecções urinárias e problemas reprodutivos, tais como a redução do tamanho da leitegada, falhas de concepção, hipogalaxia e descargas vulvares. Por isso, devido as consideráveis perdas econômicas que esta doença pode causar, existe a necessidade de monitorar constantemente o plantel de fêmeas quanto à prevalência de infecção urinária.

De acordo com Sobestiansky & Barcellos (2007), rebanhos com prevalência de infecção urinária superior a 16% representam um problema grave e em evolução, por isso é importante a correção dos fatores de risco, o tratamento maçal do rebanho com quimioterápicos e uso de acidificantes.

Tendo em vista a importância da ocorrência da infecção urinária nos planteis comerciais de suínos, é necessário monitorar e mensurar a doença constantemente. Para que isso ocorra, se faz necessária a coleta da primeira (1ª) urina da manhã, antes do arraçoamento, principalmente em fêmeas com idade de gestação ente 70 e 110 dias. O número de amostras coletadas depende do número de matrizes da granja. Os primeiros jatos de urina devem ser descartados com o objetivo de evitar contaminação com matéria orgânica. As amostras devem ser analisadas com o auxilio de fitas reativas quanto aos parâmetros químicos, como presença de nitrito, sangue, proteína, densidade e pH. Os parâmetros físicos, como o aspecto e a coloração da urina, podem ser avaliados visualmente. Cada parâmetro químico-físico representa uma informação importante para a granja e pode servir para a tomada de decisão.

 

Figura 1. Avaliação de parâmetros químicos de urina. Na figura podemos observar um caso de nitrito positivo.

 

 

Com o objetivo de auxiliar o suinocultor no controle de doenças relacionadas ao aparelho geniturinário, a Ourofino Saúde Animal dispõe de uma potente ferramenta, o Resolutor®. O produto é indicado para o tratamento de desordens geniturinárias como: cistites, corrimentos vulvares de origem infecciosa e Síndrome MMA (metrite, mastite e agalactia). O Resolutor® é composto por 20% de marbofloxacina, um potente antimicrobiano de amplo espectro de ação, pertencente ao grupo das quinolonas de 2ª geração, também conhecidas como fluorquinolonas. Através da inibição da síntese da enzima DNA Girase das Bactérias, o Resolutor® impede a síntese proteica bacteriana, causando a morte das bactérias. Por este motivo, o Resolutor® possui efeito bactericida.

 

Figura 2. Resolutor®, solução da Ourofino Saúde Animal para combate de distúrbios bacterianos relacionados ao sistema geniturinário de matrizes suínas.

 

O Resolutor® possui baixa ligação com as proteínas do plasma sanguíneo, por esse motivo possui alta biodisponibilidade no organismo, alcançando altas concentrações principalmente nos tecidos afetados. Por ser altamente lipossolúvel, o Resolutor® tem excelente penetração no aparelho geniturinário, um importante diferencial frente a antibióticos de outros grupos. Recomendamos a aplicação intramuscular de 1 ml de Resolutor® para cada 25 kg de peso vivo, representando dose de 8 mg/Kg de peso vivo, em dose única. O abate de animais pode ocorrer quatro dias após o tratamento.   

 

 

Referências bibliográficas

DALLA COSTA, O. A., SOBESTIANSKY, J. Como controlar a infecção urinária em matrizes suínas em produção. INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA O SUINOCULTOR 10 Mar/1999.

SOBESTIANSKY, J., PERUZO, B. P., COSTA, O. D., WENDT, M. Infecção urinária de origem multifatorial na fêmea suína em produção Periódico técnico-informativo elaborado pela EMBRAPA–CNPSA No 16 – Outubro/1995.

SILVEIRA, P. R., BUZATO, A. M., CABRAL, H. C., AMARAL, A. L., ZANELLA, E. Relação entre infecção urinária e problemas puerperais em porcas. Comunicado técnico 433 Dezembro/2006 Concórdia-SC.

SOBESTIANSKY, J., BARCELLOS, D. Doença dos Suínos. Goiânia: Cânone, 2007, 770p.

Alencar Dante Zandonai

especialista Técnico Linha Aves e Suínos

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