Notícias - Ourofino destaca tratamento seletivo e controle estratégico de verminose

24 out 2016

Ourofino destaca tratamento seletivo e controle estratégico de verminose

Atualmente, tratando-se do controle de verminoses em bovinos, existem duas linhas principais de pensamento: tratamento seletivo e controle estratégico. A primeira leva em consideração critérios como carga parasitária (estimada pela contagem de ovos de nematódeos por grama de fezes - OPG), escore corporal dos animais e níveis de produtividade. A outra considera as características ambientais, incluindo clima, umidade e temperatura.

“Ambas as propostas são muito eficientes, porém existem pontos importantes que devem ser destacados. No tratamento seletivo, por exemplo, apenas os animais com carga parasitária acima do limite são tratados, tendo como vantagem, portanto, a preservação da vida útil do medicamento, bem como a refugia (parcela da população de parasitos que não são expostos ao princípio ativo)”, explica Marcel Onizuka, Especialista Técnico da Ourofino Saúde Animal.

Em contrapartida, esse tipo de estratégia requer exigências que envolvem desde a avaliação do escore corporal do animal até a realização de exames laboratoriais, fatores que podem dificultar a adesão desse modelo por propriedades que possuem grandes rebanhos.

No controle estratégico, que já vem sendo estudado há anos, principalmente pelos Centros de Pesquisa de Gado de Corte do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul, todo rebanho recebe o tratamento. Este, por sua vez, é realizado de acordo com as características ambientais, além do ciclo biológico e a epidemiologia dos parasitos.

“Os estudos de Bianchin (1991) já demonstravam que na época mais seca do ano a proporção de vermes era maior nos animais do que a de larvas na pastagem. Mas, na época das chuvas, essa relação se invertia. Com base nesse estudo epidemiológico, chegou-se à conclusão de que realizar o tratamento na época seca poderia ser favorável para controlar as infecções nos animais e as infestações ambientais”, destaca Marcel.

No cenário brasileiro, devido ao tamanho dos rebanhos de gado de corte e aceitação por parte do produtor, o manejo mais realizado é o controle estratégico. Com base nessas informações, o departamento Técnico da Ourofino Saúde Animal testou um modelo em bovinos na fase de recria. “Foram realizadas três desverminações no ano: ivermectina 4% em maio, ivermectina 0,8% associada ao sulfóxido de albendazole 10% em agosto e, novamente, ivermectina 4% em novembro”, informa o especialista. As datas foram escolhidas para aproveitar o período de aplicação de vacinas antiaftosa e também para obedecer à mudança do perfil das chuvas (considerando os últimos 30 anos).

Os resultados dos estudos têm se mostrado muito satisfatórios, pois, ao mesmo tempo em que é observada a redução da carga parasitária, também se constata a melhora no desempenho dos animais submetidos ao protocolo de tratamento. Marcel continua: “Após as análises dos resultados, chegou-se a conclusão de que as três desverminações, nas datas e com os ativos supracitados, proporcionaram ao rebanho condições sanitárias que permitem a exposição de todo o potencial zootécnico”.  

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