04 abr 2018

FOS 350: Ferramenta que alia eficácia e segurança no controle da Salmonella

O trato gastrointestinal (TGI) pode ser definido como o orgão que possui a maior superfície de exposição do corpo, estando constantemente exposto a uma grande variedade de substâncias potencialmente prejudiciais. Além disso, o TGI é considerado uma barreira seletiva entre a luz intestinal dos diversos outros tecidos/orgãos dos animais. Por este motivo que, atualmente, ele vem sendo denominado como o segundo cérebro, uma vez que já está comprovado, por diversos estudos a presença de uma comunicação íntima, por meio de neurotransmissores, entre o intestino e o Sistema Nervoso Central (SNC) e sua relação direta com possíveis desafios entéricos que possam levar a um desequilíbrio da microbiota (disbacterioses), alterando todo este sistema homostático do animal.

Em avicultura, qualquer disbacteriose resulta em aumento do risco de doenças intestinais, refletindo em perdas econômicas significativas, uma vez que se trata de uma espécie com um ciclo produtivo extremamente curto, em que um frango de corte ganha em media 0,060 kg por dia. Portanto, qualquer desafio entérico que acometa essas aves certamente representa uma redução de rentabilidade e na margem de lucro. Dentre as principais disbacterioses em avicultura podemos destacar a salmonelose, que além de causar os prejuízos econômicos citados acima, leva a riscos relacionados à saúde pública de acordo com o sorovar envolvido.

Neste sentido a Ourofino possui o FOS 350, um antimicrobiano à base de fosfomicina cálcica a 35%, o que equivale a 25% de fosfomicina base (Figura 1). A molécula de fosfomicina possui diferenciais interessantes, uma vez que não é considerado pela Organização Mundial da Saúde (WHO) como um antimicrobiano criticamente importante para medicina humana, podendo ser utilizado em produção animal para fins terapêuticos sem que haja restrições, principalmente vindas do mercado externo. Possui também baixa ligação às proteínas plasmáticas, o que permite uma excelente perfusão tecidual e excelente penetração em células imunes, conferindo uma ação eficaz em bactérias intracelulares obrigatórias e/ou facultativas, como a Salmonella spp. Além disso, ultimamente tem apresentado um menor percentual de resistência bacteriana dentre as principais moléculas utilizadas para tratamento de quadros de salmonelose, garantindo assim uma melhor eficácia.

Figura 1. FOS 350 (saco com 5 Kg contendo 5 sacos de 1 Kg de produto dentro).

Um estudo in vitro realizado pela Ourofino (dados não publicados, 2016) demonstrou que o FOS 350 apresentou um menor valor de MIC/CIM (Concentração Inibitória Mínima) frente ao principal concorrente, em isolados de salmonelas tíficas* e algumas paratíficas** (Figura 2), com isso garantindo uma melhor eficácia frente ao concorrente.

*S. gallinarum e S. pullorum. **S. Tiphymurium, S. Enteritidis e S. Heidelberg.

Figura 2. Valores de concentração inibitória mínima (CIM) do FOS350 x fosfomicina concorrente para diferentes sorovares de salmonela.

Um estudo in vivo realizado pela Ourofino (dados não publicados, 2016), demonstrou segurança e eficácia no controle dos principais sorovares paratíficos em avicultura, através da redução da contagem destes sorovares a cada 24 horas, durante um tratamento de cinco (5) dias com FOS 350 em comparação com o grupo controle, em aves desafiadas com cada um dos três (3) sorovares avaliados (Tabela 1), demonstrando ser um produto extremamente eficaz para o controle de Salmonella spp.

Tabela 1. Contagens de ST, SE e SH em suabe de cloaca (Log10) de frangos de corte coletados a cada 24h após o início do tratamento com FOS 350

*ST = Salmonella Typhimurium. **SE = Salmonella Enteritidis. ***SH = Salmonella Heidelberg

a,b Médias com letras distintas entre colunas diferem estatisticamente (P<0,05).

Portanto, o uso de FOS 350 para o controle das disbacterioses, principalmente pensando em salmonelose, mostrou-se eficaz, reduzindo perdas econômicas e melhorando o desempenho das aves.

 

Andrea Panzardi

Especialista Técnica Aves & Suínos

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