Artigos - Manejo de feridas

22 abr 2015

Manejo de feridas

Feridas: Na rotina da propriedade rural, muitas vezes temos a ocorrência de uma infinidade de problemas, dos quais vários deles apresentam como resultado a ocorrência de feridas. Um dos grandes desafios do produtor no campo tem sido o tratamento preciso e efetivo de feridas, visando minimizar o surgimento de afecções secundárias, as quais podem comprometer até mesmo a vida do animal. Neste quesito temos 2 possibilidades de desencadeamento do problema: acidental ou cirúrgica.

No quesito acidental, estamos nos referindo a todas as possibilidades de ocorrência de feridas, desde uma simples picada de inseto que pode depositar algumas larvas até mesmo feridas mais complexas como as oriundas de agressões severas gerando uma porta de entrada para qualquer patógeno. Quando nos referimos a insetos, muitas vezes, não damos o devido valor a agressão sofrida pelo animal, pois suas dimensões são restritas e localizadas, mas mesmo este tipo de lesão pode vir a ser usada como porta de entrada, pois a ocorrência de agentes patogênicos potenciais é uma realidade no ambiente. Pensando em feridas maiores, a potencialidade de desencadear uma enfermidade secundária é proporcional a sua extensão.

Quando nos referimos a feridas cirúrgicas o perigo é ainda maior, pois a manipulação e o contato com estruturas e órgãos mais sensíveis, pois tais procedimentos introduzem patógenos, independente do cuidado e antissepsia realizada, pois o ambiente possui uma carga bacteriana normal, podendo a mesma se tornar patogênica dependendo da situação/oportunidade, comprometendo todo o processo. Além disso, devemos lembrar que locais onde se tenha realizado uma intervenção cirúrgica estão sensibilizados e irritados, os animais instintivamente lambem ou coçam os mesmo, complicando a efetiva cicatrização mantendo assim uma porta de entrada para possíveis infecções secundárias oportunistas.  

Levando em consideração o exposto, o tratamento de feridas deve sempre levar em consideração o uso efetivo de antibióticos, dando preferência pelos bactericidas, nesta linha o Penfort® PPU, se mostra uma excelente opção pela sua composição combinada de um aminoglicosideo (Diidroestreptomicina) e dois beta lactâmicos (Penincilina Procaína e Benzatina). A ação combinada destes compostos potencializa a efetividade da resposta, pois os mesmos atuam em regiões distintas das bactérias; o aminoglicosideo interfere diretamente na síntese de proteínas essenciais para o metabolismo bacteriano ligando-se subunidade 30S fazendo com que as proteínas formadas pelas bactérias apresentem defeitos impossibilitando sua utilização, como vantagem os animais superiores não apresentam a subunidade 30S do ribossomo, com isso este antibiótico não possui qualquer interferência no metabolismo celular do animal. Já os beta lactâmicos impedem a síntese normal da parede celular fragilizando a mesma, impossibilitando a sobrevivência do microrganismo. Outro ponto a ser ressaltado é o pico de atuação de cada um dos componentes, que se dá em momentos distintos mantendo uma resposta terapêutica efetiva prolongada, pois a estreptomicina atinge sua efetividade em 30 minutos, mantendo-se por até 18 horas, já a efetividade da penicilina procaína se dá em 1 hora, atuando por até 24 horas e a penicilina benzatina atua efetivamente a partir de 8 horas mantendo-se por até 120 horas, tornando o produto uma escolha segura e confiável nestas lesões.


Figura 1. Esquema relativo ao tempo de ação de cada um dos princípios ativos presentes no Penfort PPU.


 

Marcelo Feckinghaus

Analista Técnico do Departamento Técnico Saúde Animal

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