28 fev 2011

Colibacilose Neonatal

Maternidade de granja de suínos exige atenção constante para que sejam oferecidas condições ideais para a matriz e à leitegada, possibilite a garantia de que estes tenham um desenvolvimento quantitativo e qualitativo e que a matriz seja preservada para continuar altamente produtiva. Assim, entre os cuidados que devem ser tomados está o de evitar a incidência da colibacilose neonatal - infecção intestinal causada por cepas patogênicas de Escherichia coli (E. coli). A colibacilose acomete leitões no período neonatal (1 a 5 dias de vida), e que em boa parte dos casos determina severa sintomatologia, variando o número de animais acometidos pela doença e alta mortalidade e, portanto, exige atenção especial. O agente é uma enterobactéria com capacidade de produzir toxinas (termolábil LT e termoestável ST) responsáveis por desencadear no epitélio do intestino uma hiperatividade na troca de líquidos e eletrólitos entre células das vilosidades e da luz intestinal. A doença cursa de maneira extremamente rápida, podendo culminar com a morte entre 4 e 24 horas.  Ela se estabelece logo após o nascimento e, por isso, torna muito difícil o diagnóstico precoce. Nos leitões acometidos o que se observa é um quadro de diarréia aquosa e amarelada abundante, progredindo para uma desidratação severa, porém podem ocorrer casos ainda mais graves, onde a perda de líquido no lúmen intestinal é tão “aguda” que leva a um processo de desidratação tão rápido que nem mesmo chega a ser observada a diarréia antes da morte dos leitões, acrescentando que nestes casos, ao se proceder uma necropsia, observa-se um grande acúmulo de líquidos dentro do intestino delgado (ID). É possível observar casos menos graves, onde uma imunidade parcial passiva (transmitida pela porca) ou adquirida determinam o abrandamento dos sintomas. No próximo post falaremos sobre os fatores que facilitam o desencadeamento da colibacilose. Por: Rogério Nunes - Supervisor de pesquisa clínica Aves e Suínos.

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